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Filme de Coppola decepciona público no festival de Roma

Alguns aplausos e escassos assovios seguidos por um profundo silêncio foram a reação obtida pelo filme

Por ANSA
Atualização:

Alguns aplausos e escassos assovios seguidos por um profundo silêncio foram a reação obtida pelo último filme de Francis Ford Coppola, exibido sábado, 20, no Festival de Cinema de Roma durante a sessão Premiere, fora de competição.   Inspirado em um conto do filósofo romeno Mircea Eliade, Youth without Youth é uma viagem pelos temas favoritos do escritor: o mito do eterno retorno, as idas e vindas da história.   Em 1938, na Romênia, o professor Dominic Mattei é atingido por um raio que lhe devolve a juventude e permite que ele realize seu sonho de acabar sua investigação sobre a origem da linguagem humana.   Sua tarefa teria sido mais fácil se não houvesse existido o nazismo, que o seqüestra para descobrir o segredo da eterna juventude, e se em seu caminho não tivesse encontrado a reencarnação de seu primeiro e único amor, Verônica, que graças a suas vidas passadas o ajudará na busca da origem dos idiomas.   Mas essa busca fará com que Verônica envelheça precocemente, e antes de perdê-la Dominic prefere renunciar à investigação e voltar ao fatal dia de 1938, para encontrar sua verdadeira morte.   Aos 68 anos, Coppola busca uma nova juventude com um filme ousado e difícil, com um tema metafísico que poderá ser indigesto para os fãs da trilogia O Poderoso Chefão (1972, 1974 e 1990).   Tim Roth encarna com sua habitual autoridade o personagem de Dominic e se confirma como um dos poucos atores capazes de declamar seriamente alguns diálogos do roteiro, também assinado por Coppola. A atriz Alexandra Maria Lara confere beleza, mas não carisma ao personagem de Verônica e Bruno Ganz aparece em um papel que lhe permite expressar seu grande talento como ator.

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