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Fãs de Tarantino repudiam pedidos de policiais por boicote a filmes do cineasta

Diretor descreveu os policiais como assassinos em um protesto em Nova York

Por Reuters
Atualização:

NOVA YORK - Manifestantes que protestam contra os assassinatos de civis negros por policiais dos Estados Unidos uniram forças ao diretor de cinema Quentin Tarantino, nesta quinta-feira, 30, em reação aos pedidos crescentes de boicote a seus filmes feitos por sindicatos da corporação do país.

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Policiais de Los Angeles e da Filadélfia se juntaram a seus colegas nova-iorquinos nesta semana para pedir um boicote ao diretor de Pulp Fiction, que descreveu os policiais como assassinos em um protesto em Nova York.

A revolta popular com as mortes de negros causadas por policiais em Nova York, Missouri, Baltimore, Carolina do Sul e outros locais está levando a manifestações e processos contra policiais em todo o país há mais de um ano.

O diretor Quentin Tarantino Foto: AFP

Carl Dix, um dos organizadores do protesto do último sábado, disse que os ataques a Tarantino têm como meta dar um recado a “qualquer um cuja voz tenha grande peso na sociedade: se você se manifestar, iremos atrás de você, ameaçar sua subsistência e tentar te silenciar através do medo”.

O filme mais recente de Tarantino, Os Oito Odiados, sobre caçadores de recompensas no Estado do Wyoming após a Guerra de Secessão, estreia nos cinemas norte-americanos em 25 de dezembro e é visto como possível concorrente ao Oscar.

Tarantino não comentou a reação policial, e os pedidos de boicote não devem ter um impacto significativo nas bilheterias de seus filmes, que são admirados em Hollywood mas nem sempre são sucessos comerciais.

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