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'Eu deveria morar aqui', brinca Will Smith sobre o Brasil

Ator veio ao País para divulgar o filme 'Bright', segundo ele 'um encontro entre Dia de Treinamento e O Senhor dos Aneis'

Por Pedro Antunes e Gabriela Biló
Atualização:

Às 17h, a fila em frente ao principal auditório vibrava excitação e ansiedade. O espaço, com 3,5 mil lugares, estava cheio. Para alguém entrar, era preciso que alguém saísse. E era pouco provável que alguém deixaria seu acento momentos antes do último e mais esperado painel dos quatro anos da Comic Con Experience, evento dedicado à cultura pop que tomou o São Paulo Expo desde quarta-feira, 6, encerrado no domingo. Ao todo, foram 227.451 pessoas em quatro dias de evento - a título de comparação, a Comic Con de San Diego, a mais famosa do mundo, leva 156 mil pessoas à cidade californiana.

Will Smith na Comic Con Experience,em São Paulo Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Dentro do auditório era exibido Bright, o novo filme da Netflix, que estreia no serviço no dia 22 de dezembro, dirigido por David Ayer. Quem não entrou, ainda ouvia a trilha sonora ou o som dos disparos fictícios dos vindos das caixas de som gigantescas posicionadas ao lado da tela de cinema. 

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Não ficaram sem um pouquinho de Will Smith, contudo. O astro, a estrela do filme de Ayer, com quem trabalhou em Esquadrão Suicida, atravessou por uma passarela sobre o público para uma entrevista ao vivo para o site Omelete, organizador do evento. No caminho, Will era só sorrisos. Se havia uma tensão nos bastidores sobre o comportamento do astro - estrelas de Hollywood, afinal, são sempre imprevisíveis -, isso foi deixado de lado nos primeiros passos de Smith por cima do público. “Will! Will! Will!”, gritavam eles - e era possível ouvir de dentro do auditório. O ator surgiu de um lado para o outro da passarela, distribuiu sorrisos, entregou regalos e acenos para o público. Entrevista feita - e era possível acompanhá-la pelo vidro -, Smith voltou pelo caminho que veio. Mais gritos - Will! Will! Will - eram ouvidos do lado de dentro do auditório. 

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Bright já estava no fim quando os gritos voltaram do lado de fora. Logo, Smith estaria no palco do painel ao lado de Ayer e Joel Edgerton. 

E, diante da plateia, Smith é o rei. Domina o público com elogios. “Eu deveria morar aqui”, brinca, sobre a recepção acalorada ao subir no palco. Só sorrisos, ele ainda improvisou um beat-box com o público. “Eu grito ‘bra' e vocês gritam ‘sil’” Ele ainda rimou o tema de Um Maluco no Pedaço, série de humor sucesso que foi ao ar de 1990 a 1996. O público, é claro, ergueu seus celulares e registraram tudo. Por fim, Smith ainda assinou um disco em vinil de Homebase, um disco de hip hop lançado por ele em 1991. 

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Bright é, como Smith descreveu,“um encontro entre (os filmes) Dia de Treinamento e O Senhor dos Aneis”. “David Ayer é um daqueles diretores de uma lista que eu tenho. Todos os nomes ali, como Ang Lee, Michael Bay e Christopher Nolan. Se algum nome desses me chama, eu vou”. 

Bright coloca, na mesma viatura de polícia, o humano Daryl Ward (Smith) e um orc Nick Jacoby (Egderton). Os personagens vivem em um mundo no qual orcs, humanos, elfos e fadas coexistem - e, sim, as varinhas de condão são itens poderosos. Talvez só não tão poderosas quanto o carisma de Will Smith. 

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