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Discursos políticos dominam a cerimônia do SAG Awards

Atores repudiaram as ações de Donald Trump para barrar imigrantes de entrar nos EUA

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Por Redação
Atualização:

LOS ANGELES - Enquanto as estrelas de Hollywood homenagearam seus pares no domingo, 29, no Screen Actors Guild Awards (SAG), a noite teve uma sombra política quando os atores repudiaram o presidente Donald Trump por restringir a entrada de viajantes de sete países de maioria muçulmana.

Winona Ryder e David Harbour, de 'Stranger Things', recebem o prêmio de melhor elenco de TV na 23ª edição do SAG Awards, neste domingo, 29 Foto: Kevin Winter/Getty Images /AFP

Talvez a maior surpresa da noite foi Stranger Things, que levou o prêmio de melhor elenco de TV. David Harbour, que interpreta o xerife Jim Hopper na série, fez o discurso mais emocionante da noite ao comentar brevemente a situação política. "Por meio da nossa arte, (vamos) cultivar uma sociedade mais empática e acolhedora, ao revelar verdades íntimas que sirvam como um lembrete para que pessoas que se sintam quebradas, com medo e cansadas, que elas não estarão sozinhas", disse, empolgado.

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Julia Louis-Dreyfus, que venceu o prêmio de melhor atriz de série de comédia por interpretar a presidente dos EUA Selina Meyer na série Veep, da HBO, usou seu discurso para chamar a política de Trump de "defeituosa".

"Por amar este país, estou horrorizada com esse banimento dos imigrantes", ela disse. "É não-americano."

Mahersala Ali, que levou um prêmio por sua atuação em Moonlight, ressaltou em seu discurso que ele mesmo é muçulmano, filho de uma mãe que é pastora cristã. "Ela não ficou muito feliz quando eu liguei e disse que havia me convertido, há 17 anos, mas eu posso dizer, deixamos isso de lado", ele disse, para aplausos. "Eu sou capaz de vê-la. Ela é capaz de me ver. Nós nos amamos. O amor cresceu. O resto são minúcias."

Viola Davis venceu a categoria melhor atriz coadjuvante pelo filme Fences agradeceu o falecido August Wilson, cuja peça deu origem ao filme. "O que August fez que foi tão bonito é que ele honrou o homem médio, que aconteceu de ser uma pessoa negra", ela disse.

"Está por nossa conta continuar contando histórias que mostrem que o que nos une é mais forte do que as forças que procuram nos dividir", disse Taylor Schiling, atriz de Orange Is The New Black, série que levou o prêmio principal na categoria de TV. / Reuters

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