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Diretora Anna Muylaert reflete sobre novo longa e a homenagem no Festival Latino

'Mãe Só Há Uma', abre, nesta quarta-feira, 20, o evento em SP

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Entrevistado na estreia de Big Jato, Matheus Nachtergaele disse que achava Mãe Só Há Uma, o novo longa de Anna Muylaert, superior a Que Horas Ela Volta?. Por polêmica que seja a afirmação, o repórter concorda. Mãe Só Há Uma é melhor, sim, no sentido de mais ousado, criativo e até político, mas não se dá com tanta facilidade ao público. A própria Anna diz que nunca fez um filme como esse, com tantos ‘saltos’. Muita coisa tem de ser preenchida pelo público. Mãe estreia nesta quinta, 21. Antes disso, na quarta, 20, abre o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, no qual Anna será homenageada.

“O Festival deste ano traz muitos filmes de mulheres. Me propuseram a homenagem e eu aceitei. É sempre oportuno discutir o machismo, face a tanta violência que ocorre pelo País”, reflete a diretora. E Anna nem espera a entrevista ir adiante para esclarecer uma coisa que a aflige. “Você escreveu (no jornal e no blog) que o público reduzido de Big Jato foi consequência da polêmica em que me meti com o Claudião (o diretor Cláudio Assis). Eu não me meti em polêmica nenhuma. Amo o Claudião e o filme dele, e não faria nada para prejudicar um nem outro. O episódio foi público (o debate no Recife que terminou com agressões verbais à diretora). Eu pedia ‘Claudião, cala a boca, não fala’, mas ele não se controla. O pior é que é um doce de pessoa e cria essa imagem horrível. Mas é preciso, sim, discutir o racismo, o machismo. Esses casos de estupro, de agressões a gays. Tem tudo a ver com Mãe Só Há Uma.”

Tema atual. A diretora Anna Muylaert exibe o novo 'Mãe Só Há Uma' Foto: Alex Silva/Estadão
Dani Nefussi e Naomi Ner vivem mãe e filho Foto: Alex Silva/Estadão
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