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Com 'John Carter', Disney testa estratégia para filmes caros

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Por Redação
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"John Carter: Entre Dois Mundos", aventura espacial em 3D que chega na sexta-feira aos cinemas dos EUA, tinha tudo para ser um novo sucesso da Disney, no nível de "Carros" e "Piratas do Caribe", com capacidade para gerar renda também na televisão, em livros e em produtos licenciados. Mas quem acompanha o setor acha que ele pode se tornar um exemplo de filme caro e fracassado. Fazer cinema em Hollywood sempre foi uma atividade inerentemente arriscada, mas "John Carter" é parte de uma tendência que aumenta o grau de incerteza: nos últimos anos, os estúdios têm reduzido o número de filmes produzidos, focando nos de maior orçamento. Quando isso dá certo, o lucro dura vários anos, na forma de sequências cinematográficas, brinquedos, videogames e até parques temáticos. Um fracasso, por outro lado, pode custar dezenas de milhões de dólares. O analista Alan Gould, da Evercore Partners, estima que "John Carter" pode dar um prejuízo de 165 milhões de dólares. No ano passado, a Disney amargou perdas de 70 milhões de dólares por causa de "Marte Precisa de Mães". O estrago fez o faturamento do conglomerado ficar abaixo das expectativas dos analistas, e suas ações caíram 3 por cento. A Warner também enfrentou esse problema, com "Lanterna Verde", que faturou apenas 222 milhões de dólares no mundo todo, depois de custar cerca de 200 milhões, segundo o site BoxOfficeMojo.com. A cifra não inclui as dezenas de milhões de dólares que os estúdios costumam investir em divulgação de um filme desse orçamento. (Por Lisa Richwine e Ronald Grover)

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