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'Cinema Novo' é exibido hoje com debate, no Espaço Itaú Frei Caneca

Estarão presente o realizador do filme, Eryk Roch, o crítico Hean-Claude Bernardet e Renato Vallone

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Eryk Rocha e Jean-Claude Bernardet debatem na noite desta segunda, 31, com Renato Vallone, Cinema Novo. O encontro ocorre logo após a apresentação do filme de Eryk no Espaço Itaú, Frei Caneca 2, às 20h40. Cinema Novo, o filme, integrou a seleção de Cannes Classics, em maio. Ganhou o prêmio Oeil d’Or, Olho de Ouro, outorgado pelo júri presidido pelo cineasta Gianfranco Rosi, de Mar de Fogo.

As primeiras imagens são de gente correndo. Antônio Pitanga, Luiza Maranhão. Imagens de filmes que fazem parte da história do cinema brasileiro – Barravento, de Glauber Rocha, A Grande Cidade, de Cacá Diegues. Corpos em movimento – é assim que Eryk captura o sentido do movimento do qual seu pai, Glauber Rocha, foi um dos arautos, e talvez o arauto. A apresentação e o debate ocorrem logo após a morte de Dib Lutfi – na semana passada. Foi o homem, que, com a câmera na mão, viabilizou o conceito glauberiano do Cinema Novo. “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.”

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Em Cannes, e em São Paulo também – com certeza –, Eryk Rocha já disse, e vai repetir, que seu filme não presta tributo somente a um conjunto de filmes e seus autores. Por meio desses autores – Glauber, Nelson (Pereira dos Santos), Cacá (Diegues), Ruy (Guerra) e os outros, ele celebra uma geração que amava o Brasil e o cinema. Uma geração que fez do cinema ferramenta para pensar o Brasil e tentar mudar o mundo. 

A generosidade de Cinema Novo, o filme, está em alargar um pouco o olhar para integrar Sérgio Person (São Paulo S.A.), Walter Hugo Khouri (Corpo Ardente) e a Boca do Lixo (O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla). Tudo era um novo cinema, mesmo quando não era Cinema Novo.

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