Cineastas do Oriente Médio celebram históricas indicações para o Oscar

'O Insulto', do libanês Ziad Doueiri, foi indicado para filme estrangeiro e 'Últimos Homens em Aleppo', do sírio Firas Fayyad, para documentário em longa-metragem

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Por Redação
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PARIS - Um diretor libanês e um diretor sírio entraram para a história do cinema nesta semana quando seus filmes se tornaram os primeiros de seus países a serem indicados para o Oscar.

O drama libanês O Insulto, de Ziad Doueiri, foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro, enquanto Últimos Homens em Aleppo, do sírio Firas Fayyad, que foca no trabalho do grupo de socorristas voluntários Capacetes Brancos, foi indicado para Melhor Documentário em Longa-Metragem.

O diretor libanês Ziad Doueiri do filme'O Insulto' Foto: Alessandro Bianchi/Reuters

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O Insulto, que se passa em Beirute, é sobre uma disputa verbal entre dois indivíduos que leva a um amplamente divulgado julgamento, destacando as tensões sectárias latentes na sociedade libanesa.

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“Foi uma ótima notícia quando conseguimos, porque é a primeira vez que o Líbano vai ao Oscar e você sabe que você dá um pouco de esperança”, disse Doueiri à Reuters. “É como ganhar uma medalha, é como ir à Olimpíada e sua equipe ganhar pela primeira vez a medalha de bronze ou a medalha de prata.”

O filme é o primeiro do Líbano a ser indicado para um Oscar desde que o pequeno país mediterrâneo começou a enviar produções para consideração, em 1978.

Fayyad, cujo documentário mostra o grupo Capacetes Brancos em uma cidade síria sitiada, disse à Reuters que espera que o reconhecimento inspire outros no país devastado pela guerra.

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“Bom, isso é realmente ótimo. Estou feliz com isto. Isso abre a porta para que outros cineastas e artistas pensem que nada é impossível, especialmente em um momento em que o país está destruído, seus recursos são menores e o número de pessoas que podem estar com você é menor”, disse.

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