A classe artística reagiu à não indicação de Aquarius para ser o filme brasileiro na disputa pelo Oscar 2017. "Do meu ponto de vista o maior prejudicado não foi nem é Kleber e sua equipe e sim o cinema brasileiro", escreveu a diretora Anna Muylaert - que havia retirado da corrida seu próprio filme, Mãe Só Há Uma, em apoio ao longa de Kleber Mendonça Filho. "É escandalosa a não indicação de Aquarius, de Kleber Mendonça Filho para disputar o Oscar 2016, anunciada a pouco, por retaliação política de um Ministério e governo ilegítimos", comentou a pesquisadora e professora da UFRJ Ivana Bentes (veja as mensagens na íntegra abaixo).
O Estado está tentando contato com Bruno Barreto, que foi presidente da comissão de escolha, mas ele ainda não respondeu à reportagem. No início de setembro, ele disse que a comissão teria que escolher "um filme que não necessariamente seja o melhor, mas que tenha o perfil dos votantes da Academia de Hollywood, que é formada por pessoas mais velhas”.
Outro diretor que se manifestou foi Aly Muritiba - que também retirou seu filme (Para Minha Amada Morta) da disputa. "Uma das piadas da qual não participei. Nunca reconheci esta comissão: o golpe estava anunciado há tempos. E o Bruno Barreto ainda ousou dizer que retiramos nossos filmes por medo do Aquarios...chupa Bruno Barreto! Medo de quê????", escreveu. "Não vi (ninguém viu) Pequeno segredo, o filme brasileiro escolhido para tentar a indicação para o Oscar de filme estrangeiro, tomara que seja ótimo, mas a não indicação de Aquarius é simplesmente um absurdo", afirmou o cineasta Jorge Furtado.
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