Foi-se o tempo em que o Globo de Ouro era indicador seguro do Oscar. Hoje, é preciso estar atento aos prêmios dos sindicatos para arriscar as previsões. O Producers Guild ignorou um dos favoritos dos correspondentes estrangeiros – Carol – e o próprio diretor Todd Haynes, numa entrevista por telefone, recusou-se a fazer ‘a escolha de Sofia’. Cate Blanchett e Rooney Mara foram indicadas na categoria melhor atriz de drama. Rooney já ganhou o prêmio de interpretação em Cannes e é a preferida do repórter. Haynes, compreensivelmente, isenta-se.
O Globo de Ouro divide-se entre cinema e televisão e, quanto ao primeiro, também entrega troféus diferenciados para ‘drama’ e ‘comédia’ (ou musical) em categorias como filme, ator e atriz etc. Só o prêmio de direção é conjunto para as duas. Carol lidera os dramas com cinco indicações e tem classe. Um dos filmes em segundo, com quatro indicações, venceu o prêmio da Associação de Críticos dos EUA. Spotlight, de Tom McCarthy. Alejandro González-Iñárritu venceu no ano passado com Birdman e concorre de novo, em quatro categorias, com O Regresso, que é melhor. Se os correspondentes fizerem a coisa certa, vence o favorito do público, e do repórter, Mad Max – Estrada da Fúria. Seria (será?) uma vitória contra o preconceito. Ação rende na bilheteria, mas, em geral, não ganha prêmio.