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A atriz Ashley Judd revela ter sido vítima de estupro e incesto

Revelação foi feita pela artista após ela ser bombardeada de ameaças e ofensas por usuários do Twitter

Por Adriana Del Ré
Atualização:

Após ter sido atacada nas redes sociais por ter criticado, pelo Twitter, o time Arkansas num jogo contra o Kentucky, dentro do campeonato universitário de basquete MarchMadness, alegando que o time estava fazendo “jogo sujo”, a atriz americana Ashley Judd, de 46 anos, revelou em uma carta aberta no site Mic.com, na quinta-feira (19), que foi vítima de estupro e incesto.

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Alvo de graves ofensas e até ameaça de estupro, Ashley, que atualmente está em cartaz no filme Divergente: Insurgente, já havia decidido prestar queixa contra quem a tem ameaçado pela rede social. “Durante um jogo do campeonato, no domingo, postei um comentário no Twitter que alguns acharam antidesportivo. Eu não ligava muito para três jogadores sangramento na quadra, e eu tuitei que o adversário estava ‘jogando sujo’. O volume de ódio que explodiu contra mim em resposta foi surpreendente”, escreveu ela no artigo. A atriz apagou o tuíte após o jogo. 

Segundo ainda a atriz, que afirma já ter de lidar rotineiramente com tuítes que insultam, degradam e até a ameaçam fisicamente, ver seu feed do Twitter inundado por “um tsumani de violência baseada no gênero e na misoginia foi esmagador”. 

A atriz foi atacada nas redes sociais após dizer que o time de basquete Arkansas fez "jogo sujo" Foto: Mario Anzuoni/Reuters

E, diante dos ataques, decidiu compartilhar os dramas da própria história. “Eu sou uma sobrevivente de agressão sexual, estupro e incesto. Sinto-me muito abençoada que, em 2006, outros sobreviventes me apresentaram para a recuperação. Agarrei-a”, conta. “Hoje, nove anos depois de minha recuperação, posso ir mais longe e dizer que a minha ‘história’ não é ‘a minha história’. É algo que um poder superior (espiritualidade, para mim, tem sido vital para esta cura) usa para me permitir a graça e o privilégio de ajudar outros que ainda estão sofrendo, e, talvez, para oferecer um pouco de educação, conscientização e ação para o nosso mundo.”

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