Planalto pede que tela pintada por Alfredo Volpi seja catalogada

Diretores do Instituto Volpi seguem segunda-feira, 8, para Brasília para ver a obra da coleção do Banco Central

PUBLICIDADE

Foto do author Antonio Gonçalves Filho
Por Antonio Gonçalves Filho
Atualização:
Dom Bosco, pintura criada por Volpi especialmente para o Itamaraty nos anos 1960 Foto: Divulgação

Um assessor da Presidência da República entrou em contato com o Instituto Volpi de Arte Moderna para solicitar a catalogação de uma tela pintada por Volpi, após a leitura da reportagem publicada pelo Caderno 2 na segunda-feira sobre o lançamento do catálogo do pintor, em julho.

PUBLICIDADE

A têmpera pertence à fase concreta do artista, dos anos 1950, período em que produziu poucas obras com as características da linguagem dos concretistas brasileiros. O quadro se encontra na antessala da Presidência, no terceiro andar do Palácio do Planalto, e pertence ao acervo do Banco Central, que tem nada menos que 17 telas do pintor em sua coleção. Duas outras pinturas de Alfredo Volpi pertencentes ao banco, além daquela que se encontra no Palácio do Planalto, ficam em exposição permanente no Palácio de Alvorada.

Na próxima segunda-feira, o presidente do Instituto Volpi, Marco Antônio Mastrobuono, e dois membros da diretoria, Pedro Mastrobuono e Breno Krasilchik, viajam para Brasília para fotografar o raro quadro de Volpi e colher informações sobre seu histórico.

Em Brasília, Volpi pode ainda ser visto no afresco Dom Bosco, que ele pintou nos anos 1960 para o Itamaraty, única obra tombada do artista, que sofreu sérios danos durante a recuperação do palácio por causa da ação de manifestantes nos protestos registrados em 2013. Trata-se da maior obra pública de Volpi, que tem afrescos em outras cidades, entre eles os da capela do Cristo Operário no Ipiranga, em São Paulo.

Em Brasília, algumas coleções particulares ficaram conhecidas por abrigar obras raras de Volpi, entre elas a do falecido embaixador Wladimir Murtinho, a quem se deve a construção do Itamaraty, projeto de Niemeyer que ele transformou na mais suntuosa construção da capital graças ao espírito empreendedor do diplomata, que morreu em 2002. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.