Peças dos Mayrink Veigas são sucesso

Objetos e obras de arte foram vendidas por Soraia Cals e Evandro Carneiro

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Por Redação
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Foi um sucesso o primeiro dia de leilão das obras de arte da família de Carmen Mayrink Veiga - nome maior da alta sociedade carioca -, realizado pelos escritórios de Soraia Cals e Evandro Carneiro, no Rio, anteontem. Um único comprador arrematou, por R$ 480 mil, as mais de cem peças de um aparelho de jantar em porcelana japonesa Imari, do século 16, que tinha lance inicial de R$ 180 mil. Foi a compra mais cara da noite. Os quadros de Milton Dacosta, cuja obra Carmen sempre adorou colecionar, foram os mais disputados. Somente 3 dos 11 quadros do pintor incluídos no leilão renderam R$ 750 mil. Segundo informou Soraia Cals, as telas encantaram o público porque são dos anos 50 e 60, raras de se ver no Rio (o mais comum é encontrar trabalhos seus da década de 70). O belíssimo retrato de Carmen pintado por Portinari, a peça preferida dela e também a estrela da noite - com lance inicial de R$ 350 mil -, não foi arrematado, assim como uma aquarela de Lasar Segall (no mínimo R$ 45 mil). Cerca de 400 pessoas compareceram ao leilão, que continuaria ontem à noite. Os Mayrink Veiga estão se desfazendo das obras (telas, porcelanas e objetos) porque precisam pagar dívidas acumuladas depois que os negócios da família quebraram. Algumas estão penhoradas por conta de débitos com o antigo Banco Nacional e só puderam ser leiloadas porque a Justiça assim autorizou - nestes casos, os valores arrecados têm de ser depositados em juízo.

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