O crítico de arte italiana, Carlo Pepi, acusou o Palazzo Ducale de Gênova, na Itália, de incluir obras falsas no acervo da mostra que reúne 30 desenhos e aquarelas do artista italiano Amedeo Modigliani.
Segundo ele, a exposição precisa ser revista porque ao menos 13 obras são questionáveis. "O meu convite é para verificar as obras que estão reunidas, porque estou certo de que há muitas não autênticas", afirmou Pepi.
Além disso, três obras têm dupla assinatura e "estão sendo atribuídas a outros autores", acrescentou o especialista em obras de Modigliani, conhecido a nível mundial. Em 1984, ele foi o único a duvidar da autenticidade de três obras atribuídas a Modigliani. "Não é difícil ver que há muitas falsificações em exposições em Gênova. Basta apenas ver o catálogo", disse o crítico.
Por sua vez, Rudy Chiappini, crítico, historiador de arte e membro do Comitê de direção da mostra afirmou que as alegações são "infundadas, instrumentais e ilusórias".
A exposição, que acontece até o dia 16 de julho, recebe obras de Modigliani provenientes, por exemplo, da Pinacoteca de Brera, do Museu Picasso, em Paris, e do Museu Real de Belas Artes de Antuérpia, na Bélgica.
O pintor e escultor nascido na cidade de Livorno em 1884 provocou escândalos durante sua vida com uma exposição feita com seus quadros retratando a nudez. As exposições do artista demonstram a escassez de seus trabalhos, devido em grande parte à sua vida boêmia e curta, já que ele morreu em 1920, em Paris, aos 35 anos.