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Há exatos 100 anos nascia a artista Djanira

Celebrada como um grande nome da arte brasileira, a pintora, morta em 1979, colocou os trabalhadores como tema de suas obras

Por Camila Molina
Atualização:

“Viveu cercada de pássaros, plantas e bichos, e, sempre que as condições de saúde permitiam, viajava pelo interior do País, como para renovar o contato com as fontes inspiradoras de sua arte e mesmo de sua vida”, já escreveu o poeta e crítico Ferreira Gullar sobre a pintora Djanira da Motta e Silva, ou apenas Djanira (1914-1979), como ficou conhecida, nascida há exatos 100 anos, em Avaré, interior de São Paulo. O escritor ainda definiu a artista como uma “mulher do povo, identificada com ele em seus sofrimentos e em suas lutas”, uma das características que fazem de Djanira um dos grandes nomes da arte brasileira.

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Plantadores de café, serradores, mineiros de carvão e índios figuram como alguns dos temas de suas pinturas, gravuras, desenhos, cartazes e tapeçarias, celebrados e hoje pertencentes a acervos como os da Pinacoteca do Estado, MAM do Rio e Museu Nacional de Belas Artes. Outro destaque da carreira da artista foi a criação do mural ‘Candomblé’ para a casa do escritor Jorge Amado, em Salvador.

De uma origem de poucos recursos, a artista consolidou sua produção no Rio de Janeiro, onde se formou – inicialmente, tendo aulas com Milton Dacosta e Emeric Marcier – e viveu a maior parte de sua vida, desde 1939. Suas criações somente tinham a aparência de ingênuas, como afirmou o crítico Mário Pedrosa. Eram fruto de "cuidadosa elaboração".

 

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