Facebook lamenta censura a nudez da tela 'A Liberdade Guiando o Povo'

"A fim de proteger a integridade do nosso serviço, nós verificamos milhões de imagens de publicidade por semana e, às vezes, cometemos erros", explicou a empresa

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Por Redação
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O Facebook admitiu neste domingo, 18, ter cometido um erro ao censurar um anúncio publicitário que exibia a tela A Liberdade Guiando o Povo, do francês Eugène Delacroix, em que uma mulher aparece com seios nus segurando a bandeira da França.

A obra-prima do século XIX foi exibida em uma campanha online de uma peça apresentada em Paris, quando foi censurada pela rede social esta semana, informou o diretor da peça, Jocelyn Fiorina.

'A Liberdade Guiando o Povo' (1830) está exposto hoje no Museu do Louvre Foto: Museu do Louvre

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"Quinze minutos depois do lançamento da publicidade, a administração [da rede social] bloqueou nossa divulgação assegurando que não se podia publicar uma imagem de nudez", explicou Fiorina, diretor de Tiros na rua Saint-Roch, que estreou na capital francesa.

Após essa resposta, Fiorina publicou um novo anúncio com o mesmo quadro, acrescentando uma faixa com a mensagem "censurado pelo Facebook" cobrindo os seios da mulher. A segunda imagem não foi censurada.

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O diretor contou que em junho tentou utilizar duas vezes o célebre quadro - que esteve durante anos nas notas de 100 francos - para promover, sem sucesso, a peça na rede social.

"Naquele momento contatei os moderadores, que se mostraram inflexíveis e asseguraram que, mesmo em um quadro do século XIX, [a nudez] não era aceitável", lembra.

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Mas neste domingo, a gigante americana das mídias sociais mudou de opinião e se desculpou "por seu erro".

"A obra Liberdade Guiando o Povo certamente tem lugar no Facebook... Informamos imediatamente ao usuário que sua publicidade patrocinada está aprovada de agora em diante", reagiu a gerente do Facebook em Paris, Elodie Larcis, em um comunicado.

"A fim de proteger a integridade do nosso serviço, nós verificamos milhões de imagens de publicidade por semana e, às vezes, cometemos erros", explicou.

Com mais de um bilhão de usuários, o Facebook frequentemente é criticado pelo conteúdo que autoriza ou não.

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