Arcana e Qué Tán Lejos vencem o Festival Latino

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Por Redação
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Dira Paes vestiu-se de gala e, desafiando o frio de 7 graus do domingo à noite - de longo tomara-que-caia -, deu um toque de solenidade à informal cerimônia de encerramento do 2º Festival do Cinema Latino-Americano. Descontraída, só se perturbou em dois momentos. Nas duas vezes em que citou o governador José serra, ele foi vaiado. ''''Vocês estão animados, não?'''', ela perguntou. O homenageado da edição deste ano, o cineasta Paul Leduc, recebeu um troféu especial - a escultura que representa a mão estendida da América Latina, uma criação do arquiteto Oscar Niemeyer, autor do projeto do Memorial da América Latina, onde ocorreu a festa, Ao contrário da estrela, Leduc, fortemente agasalhado e tossindo - ''''Por el frio'''', desculpou-se -, agradeceu a honraria e disse que sua estadia em São Paulo foi muito proveitosa. ''''Encontrei aqui um grande interesse do público jovem pelo cinema latino'''', disse. A prova foi que, no final, ele foi cercado por uma garotada que queria cumprimentá-lo. O festival atribuiu dois prêmios. O da crítica para o melhor filme da mostra contemporânea, dado pelo júri coordenado pela jornalista Maria do Rosário Caetano, foi para Arcana, de Cristóbal Vicente, do Chile. O júri popular preferiu Qué Tán Lejos, da equatoriana Tania Hermida, que ficou a semana inteira na cidade, mas justamente no sábado teve de antecipar a volta para o seu país, por compromissos profissionais. Arcana é um documentário que acompanha o último ano do funcionamento da antiga cadeia de Valparaíso, contando a história dos homens que viviam segregados ali dentro. Qué Tán Lejos trata de duas garotas que realizam uma viagem de autodescoberta pelas montanhas e costas do Equador. Durante uma semana o festival exibiu 120 filmes de 16 países. L.C.M.

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