Sem eira nem beira, mas cheia de vontades anda a alma solitária vagueando pela noite afora. O que será que encontrará? Certamente outras almas solitárias vagueando sem eira nem beira, todas falando ao mesmo tempo de si mesmas, são só bocas, nenhuma orelha atenta ao que alguém disser, só falam e falam e falam...
Assim se diverte nossa humanidade, falando de si mesma, considerando o mundo um espelho que deve obedecer teimosamente a todo gesto, repetindo-o à exaustão.
Quem quiser relacionar-se deve evitar este período, que é eminentemente narcisista.
Quem não tiver pretensão alguma, que se divirta!