Deveríamos todos reconhecer que aquilo que experimentamos não é nada além do que realmente precisamos vivenciar, já que atraímos essas condições mediante o sistemático movimento de nossas mentes, emoções e corpo físico.
Quando bate a desgraça, lamentamos e nos queixamos amargamente de que não mereceríamos isso.
Porém, estando lá presentes e tendo sido atingidos, seja pela graça ou pela desgraça, não há como negar nosso vínculo com os acontecimentos.
Se cada um de nós experimentasse os acontecimentos preservando a nobreza de sermos partícipes ativos, mesmo quando isso não seja muito evidente, certamente esse exercício inútil e contraproducente de ficar buscando culpados externos para tudo seria minimizado e, assim, muitas soluções apareceriam e seriam colocadas em prática.
Porém, nossa humanidade ainda prefere os linchamentos ao profundo exame de consciência.
Desejos de vingança não solucionam os equívocos, pelo contrário, os eternizam. Enquanto isso, os exames de consciência são mais lentos e sofridos, porém, criam resultados que minimizam as distorções e conduzem ao conserto dos problemas.
Eu desejo que cada um de nós experimente com nobreza e elevação tudo que nos couber experimentar, seja graça ou desgraça, ou mesmo uma situação neutra, pois até nessas se esgueira a consciência, que tem a possibilidade eterna de, livremente, cooperar para que tudo seja melhor, ou dificultar a vida para que tudo seja mais complicado.