Marc Riboud morreu na terça, 30, aos 93 anos - segundo a família anunciou nesta quarta, 31 de agosto - de uma "longa doença". Um dos pilares da agência Magnum, junto com Henri Cartier-Bresson e Robert Capa, este célebre fotógrafo e repórter francês, ganhou a sua primeira máquina fotográfica aos 14 anos. "Se você não sabe falar", lhe disse o pai que o julgava tímido demais, "talvez saberá olhar". Riboud soube olhar. Engenheiro formado, logo correu o mundo, construindo uma obra gigante e humanista dentro do fotojornalismo.
O que toca é a sua força de composição, mais ainda que os temas. As composições, sempre sem reenquadramento, são verdadeiras cenografias que capturam espaço e sentido em um só clique. Em 1953,a revista Life publicou a sua foto do operário em equilíbrio na torre Eiffel (O pintor da torre Eiffel). Esta é uma de suas fotos mais conhecidas, junto com A menina com a flor, aquela de uma militante contra a guerra do Vietnã, face a soldados armados diante do Pentágono.
Um fotógrafo viajante
Marc Riboud foi um fotógrafo viajante. Permaneceu durante longos períodos na Índia, China e Japão, cobriu os movimentos de idependência na Argélia e na África subsaariana nos anos 1960. Foi um dos raros fotógrafos que realizaram reportagens no sul e norte do Vietnã entre 1968 e 1969. Ganhou inúmeros prêmios, como o Nadar, há quatro anos, por seu livro Vers L'Orient. Colaborou com Life, Paris Match, Stern, Géo e Le Nouvel Observateur. As fotos feitas em Cuba, em 1963, quando encontrou com Fidel Castro, estão expostas neste momento no Festival Visa para a imagem, em Perpignan. A biografia dele pode ser encontrada em seu site oficial.
Até a próxima que agora é hoje e fotografia raramente,já o fotojornalismo fala-me direto ao coração sempre!
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