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Três histórias sobre Iggy Pop que você provavelmente não conhecia

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Por Redação
Atualização:

Iggy Pop vem a São Paulo tocar no Popload Festival, no dia 16 de outubro, para os três mil sortudos que devem lotar o Audio Club, na Barra Funda. Ele deu uma entrevista exclusiva ao repórter Pedro Antunes, do Caderno 2, comentando o show e seu dia a dia. Clique aqui para ler.

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Ao mesmo tempo, chega no Brasil aquela que é considerada o mais completo retrato do músico americano, Open Up and Bleed (publicada aqui como A Vida e a Música de Iggy Pop, pela Editora Aleph). Clique aqui para ler uma entrevista com o autor do livro, o jornalista britânico Paul Trynka, bem como os comentários de Iggy sobre a obra.

Do livro, retiramos três histórias (e poderiam ser muitas mais) sobre o padrinho do punk rock:

1) Um romance com a dama do Velvet Underground

Era 1969 quando o Stooges lançou seu álbum de estreia com produção de John Cale, do Velvet Underground. Com esse apoio especial, a banda se tornou uma espécie de "queridinhos da sociedade descolada de Nova York", escreve Paul Trynka. Os Stooges viraram então habitués do Max's Kansas City, o lendário bar em Manhattan que reunia Andy Warhol e outros artistas influentes, e da boate The Scene. Foi lá que Iggy conheceu a cantora alemã Nico (que havia gravado com o Velvet) e embarcou com ela em um tórrido romance que resultou na mudança da alemã para Detroit, onde os dois "passaram duas semanas entocados no sótão" da casa em que Iggy morava. Depois, Nico voltou para a Europa e "Jim acabou voltando a sua solteirice desregrada de antes". Foi nessa época que ele descobriu que engravidara Paulette Benson. Eric Benson nasceu em 1969 e teria pouco contato com Iggy na década seguinte.

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2) Um gorila no palco dos Stooges

No início de 1973, os Stooges lançaram aquele que seria seu último álbum em 34 anos, Raw Power, no qual o excelente guitarrista James Williamson substituiu Ron Asheton, Stooge original, delegado ao baixo. Em outubro, enquanto Iggy e a banda se apresentavam num clube de Atlanta, um cara com uma enorme fantasia de gorila invadiu o palco. "Infelizmente, ninguém havia preparado Iggy para tanto", escreve Paul Trynka. Antes desse show, a banda teve que injetar uma seringa de speed no vocalista para ele se recuperar de um baque muito forte resultante da ingestão exagerada de Quaaludes. Segundo o próprio Iggy, "eu estava extraordinariamente chapado a ponto de mal conseguir andar, então eu levei um p... susto". O homem na fantasia: Elton John. "Por alguns instantes", descreve Trynka, "Iggy pensou estar alucinando, ou, ainda, que um gorila de verdade estivesse escalando o palco". A pegadinha do inglês era uma tentativa - frustrada - de levantar a moral dos Stooges, já em estado de decomposição.

Reprodução da foto do acontecido publicada originalmente na revista Creem, em 1973  

3) Feitiço Vodu nas férias no Haiti

Após as gravações do que se tornaria Zombie Birdhouse, em 1982, Iggy tirou férias no Haiti com sua companheira Esther Friedmann. Lá, eles decidiram participar de uma sessão de vodu. Após ingerir uma substância fermentada desconhecida, os participantes começaram a dançar ao ritmo hipnótico dos tambores: é apenas natural prever que Iggy Pop se juntou a eles. Esther diz na biografia que viu o sacerdote "indignado com a interrupção da cerimônia". Eles foram embora, mas, segundo ela, "pelos próximos três meses, tudo começou a sair do controle". As semanas seguintes guardaram eventos como o sumiço dos bens do casal, um acidente de carro que quebrou três costelas do cantor, e que o deixou "incapaz de exercer as funções mais básicas". Seguindo o conselho de um amigo, em uma noite Esther ateou fogo nas roupas que Iggy vinha usando durante as férias, finalmente quebrando o "feitiço".

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