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Iggy Pop faz show em São Paulo: uma música de cada disco

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Por Redação
Atualização:

Iggy Pop vem a São Paulo tocar no Popload Festival, nesta sexta-feira, 16, para os três mil sortudos que devem lotar o Audio Club, na Barra Funda. Ele deu uma entrevista exclusiva ao repórter Pedro Antunes, do Caderno 2, na semana passada, comentando o show e seu dia a dia. Clique aqui para ler.

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Ao mesmo tempo, chega no Brasil aquela que é considerada o mais completo retrato do músico americano, Open Up and Bleed (publicada aqui como A Vida e a Música de Iggy Pop, pela Editora Aleph). Clique aqui para ler uma entrevista com o autor do livro, o jornalista britânico Paul Trynka, bem como os comentários de Iggy sobre a obra. Também separamos três histórias (e poderiam ser muitas mais) sobre o padrinho do punk rock.

Para aquecer para o show desta noite (o primeiro de Iggy no Brasil desde que ele veio com os Stooges, em 2009), separamos uma música de cada disco de estúdio dos Stooges e da carreira solo de Iggy:

The Stooges (1969): I Wanna Be Your Dog

Clássico é clássico! O riff de Ron Asheton criado para essa música é uma das coisas mais memoráveis que o rock n' roll já criou.

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Fun House (1970): 1970

O potencial criador dos Stooges capturado em sua máxima vitalidade. Aos quatro membros originais, há o acréscimo precioso do saxofonista Steve McKay (que morreu na semana passada, aos 66 anos).

Raw Power (1973): Search and Destroy

O álbum marcou o início da prolífica parceria de Iggy com David Bowie (que fez a mixagem original), bem como o acréscimo do excelente guitarrista James Williamson ao line-up da banda. Porém, marcou também a separação dos Stooges.

The Idiot (1977): Dum Dum Boys

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Produzido por Bowie (em uma 'preparação' para seu aclamado Low), o disco é subestimado entre os trabalhos de Iggy - reúne diversas músicas que são verdadeiras pérolas, como esta (uma homenagem aos Stooges), China Girl e Nightclubbing.

Lust for Life (1977): Success

Enquanto o anterior tinha a marca europeia de Bowie por todo o canto, este é definitivamente um álbum de Iggy Pop: Lust for Life, Sixteen, The Passenger e Success são todas maravilhosas.

Kill City (1977): Kill City

O álbum foi gravado em um estúdio caseiro numa época em que Iggy vagava por casas de amigos em Los Angeles, e representa o fim de um período difícil na vida do músico, que culminou numa internação em um hospital psiquiátrico.

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New Values (1979): I'm Bored

James Williamson faria aqui talvez sua última parceria bem sucedida com Iggy (até 2013), num álbum que recupera certo otimismo na música do artista.

Soldier (1980): Play It Safe

Esse é considerado o pior álbum de Iggy Pop. Paul Trynka: "uma vaga ideia de juntar Iggy com um bando de new-wavers ingleses". Representou o rompimento com James Williamson e teve a participação do ex-Sex Pistols Glen Matlock.

Party (1981): Happy Man

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Aqui havia uma pressão da Arista para que Iggy emplacasse algum hit... e o resultado também não agradou muita gente. O biógrafo considera Happy Man a pior música gravada nos anos 1980 (não só por Iggy).

Zombie Birdhouse (1982): Ordinary Bummer

O disco teve uma alta dose de intoxicação alcoolica durante sua produção, mas essa canção ainda traz a criatividade efervescente de Iggy Pop.

Blah Blah Blah (1986): Real Wild Child (Wild One)

Talvez o maior hit da carreira de Iggy até aquele momento (na verdade gravado primeiro Johnny O'Keefe nos anos 1950). Bowie volta à produção e meio que salva o amigo de um atoleiro financeiro. O guitarrista do álbum, Kevin Armstrong, é o mesmo que vem com Iggy para o show em São Paulo.

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Instinct (1988): Cold Metal

Menos inspirado, o disco representa uma tentativa de Iggy voltar ao som básico da guitarra.

Brick by Brick (1990): Candy

O produtor Don Was teve um papel importante no disco que finalmente fez Iggy emplacar um hit nas paradas dos EUA (uma baladinha convencional escrita por Iggy para Betty Mickelsen).

American Caesar (1993): Fuckin' Alone

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Lançado pela Virgin, o álbum também é lembrado com menos frequência do que deveria. Entre clássicos regravados (Louie Louie), experimentações como em Fuckin' Alone e as guitarras à Stooges da faixa título, um belo trabalho.

Naughty Little Doogie (1996): I Wanna Live

Apesar de ser o mesmo grupo que gravou o álbum anterior, aqui a inspiração parece ter fugido do estúdio.

Avenue B (1999): Nazi Girlfriend

Iggy Pop meets Leonard Cohen. Brincadeira, mas aqui Iggy usa uma voz de barítono para fazer um álbum emocional e menos agressivo nas guitarras.

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Beat 'Em Up (2001): Mask

Outra tentativa de Iggy voltar ao rock primitivo, que ele considerava, na época, seu ponto mais forte.

Skull Ring (2003): Skull Ring

O álbum representou a primeira reunião de Iggy com os irmãos Asheton, dos Stooges, em 30 anos, e também tem participações das bandas Green Day, Sum 41, Trolls e Peaches.

The Weirdness (2007): Idea of Fun

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O primeiro álbum dos Stooges no século 21. Uma reunião bastante decente para uma banda fundamental.

Préliminaires (2009): How Insensitive

Entre composições próprias e versões (como esta, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim), o álbum evoca os tempos de Avenue B e foi definido pela Rolling Stone como o disco "mais estranho da carreira do padrinho do punk".

Après (2012): La Vie En Rose

Espécie de continuação do anterior, o álbum traz versões de Iggy para canções francesas, na maior parte, e foi rejeitado (!) pela Virgin em 2012.

Ready to Die (2014): Burn

O álbum (com o bom e velho rock n' roll maluco da banda) marca a volta de James Williamson às guitarras dos Stooges (depois da morte de Ron Asheton em 2009). Também foi o último gravado com outro Stooge da formação original da banda, já que Scott Asheton, o baterista, também se foi depois do lançamento do álbum.

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