E, no caso do atualmente duo formado por Vinicius Patrial (baixo e voz) e Guilherme Pacola (bateria e voz) - ambos também responsáveis pelos efeitos -, dizer "experimental" é tentar encontrar uma tradução no que é intraduzível.
O amigo Alexandre Matias, do Trabalho Sujo, descreve o duo como lendário dentro do universo da música de improvisação noise. É Matias, com isso, quem mais se aproxima do punch direto no cérebro recebido ao se dar o play num disco do Vermes do Limbo - e são vários, a cada álbum dos caras.
Rótulos, afinal, são para quem se deixa enquadrar em algum deles. Com os Vermes, o som é líquido e vaza pelas catalogadoras prateleiras de discos. Sem se fixar entre os álbuns de rock, eles esparramam pelos álbuns de jazz e respingam nos empoeirados vinis de música de vanguarda.
Assista ao clipe de Vestígio Impossível, do Vermes do Limbo:
Tudo isso para dizer que esse que aqui escreve (blogueiro? jornalista? amigo?) não se colocará a difícil função de criar um atalho para o entendimento do som do Vermes do Limbo.
São baixo, bateria, brinquedos eletrônicos e imaginação.
Deixo apenas convite para a viagem ao O Sol Mais Escuro, o novíssimo disco dos rapazes, lançado recentemente pelo selo QTV - o player está no final do texto.
O Sol Mais Escuro foi criado na companhia de Fabio Fujita (guitarra, baixo e, claro, efeitos), um dos fundadores do Vermes do Limbo.
A inspiração para a temática do disco, da estética ao nome das canções e título, vem de alguns volumes da enciclopédia As Ciências Proibidas, publicada nos anos 1980, encontrados pelos integrantes. Em três sessões de gravação, realizadas 21 e dezembro a 7 de janeiro, eles criaram o disco do zero, sem ideias pré-concebidas.
Para mais informações, confira o evento do show no Facebook.
Ouça O Sol Mais Escuro, na íntegra: