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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Stanley Tucci dá aula de direção na Berlinale

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Stanley Tucci dirige "Final Portrait"  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA

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Ao avaliar o talento de Stanley Tucci, seu colega de cena em O Diabo Veste Prada (2006) e Julie & Julia (2009), numa cerimônia do Oscar, a diva Meryl Streep pontuou que poucos parceiros de trabalho têm uma noção de companheirismo tão apurada quanto a deste ator e diretor nova-iorquino de 56 anos que passa pelo 67º Festival de Berlim como realizador de Final Portrait. Exibida em sessão hors-concours, a produção aborda o processo criativo do pintor e escultor suíço Alberto Giacometti (Geoffrey Rush) a partir de suas conversas com um crítico americani (Armie Hammer). O papo com Tucci foi uma aula de cinema.

"Levei dez anos tentando buscar recursos para este projeto, que sonhei em fazer em preto e branco, mas que depois adaptei para uma paleta de cores mais próxima da de Giacometti, buscando entender o limite entre o figurativo e o abstrato na arte de Giacometti", disse Tucci, que estreou com realizador há 21 anos rodando A Grande Noite, com Campbell Scott. "A eternidade de um filme começa no calvário da captação de dinheiro para viabilizá-lo".

Para Tucci, filmar é questão de desafiar o espaço. "Os limites e os contornos entre as figuras de Giacometti são a medida de sua arte. E, no cinema, não é diferente: a medida do espaço cênico é o que garante a força do corpo de um ator diante da câmera", diz Tucci, fã de artes plásticas. "É pena que a atual administração dos EUA não trate artes como algo essencial à Educação".

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