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Ode apaixonada e apaixonante à vida, '120 Batimentos Por Minuto' ganha a Palma LGBT de Cannes

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Terceiro longa-metragem de Robin Campillo como realizador, o drama ativista "120 Batimentos Por Minuto" ganha a Queer Palm na Croisette e pode levar o prêmio principal de Cannes  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECADe acordo com as estatísticas de grupos como a UnAids, existem hoje pelo mundo 36,7 milhões de soropositivos, estando a maioria deles envolvida numa luta pela sobrevivência e por condições dignas de assistencialismo hospitalar - dois assuntos centrais no roteiro de 120 Batimentos Por Minuto, e que garantiram a vitória dele na disputa pela Queer Palm, a Palma LGBT, do Festival de Cannes 2017. Terceirolonga-metragem de Robin Campillo, um cineasta francês nascido no Marrocos há 54 anos, este drama ativista recria a luta  do grupo AIDS Coalition to Unleash Power (ACT UP), criado por uma entidade homoafetiva em 1987, em prol da guerra contra o HIV. Sua narrativa feérica, que se constrói em cena como um piquete, abrindo afluentes para microenredos amorosos, recria a batalha do ACT UP de Paris nos anos 1990. Um de seus apêndices é o processo de degradação física de um de seus mais aguerridos integrantes: Sean (vivido por Nahuel Pérez Biscayart). Conhecido por seu trabalho em roteiros como os de Entre os Muros da Escola (Palma de Ouro de 2008), Campillo já ganhou aqui na Croisette este ano o Prêmio da Critica Fipresci e o Prêmio François Challais (láurea humanista do Ministério da Cultua da França. Realizador do filme de zumbi Les Revenants (2004) e da premiada love story gay Meninos do Oriente (2013), o diretor tem tudo para sair do balneário com o prêmio máximo da seleção cannoise. Seu maior rival parece ser In The Fade, do teuto-turco Fatih Akin, sobre uma viúva (Diane Kruger) em uma cruzada de vingança contra um casal de neonazistas que bombardeou a corretora de seu marido.

 

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