De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'O Novato' é o achado do Varilux 2016


Por Rodrigo Fonseca
"O Novato": melhor boca a boca do Varilux Foto: Estadão

Tem muita coisa boa na seleta de títulos garimpados por Christian Boudier para o Festival Varilux 2016, que embarca em sua segunda semana de Brasil nesta quinta. Mas entre as gemas (tipo A Corte, Meu Rei e Chocolate), o filme que mais (e melhor) desponta no boca a boca popular (e mesmo no paladar da crítica) é O Novato (Lê Noveau), primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Rudi Rosenberg. Talvez o entusiasmo venha do desempenho hilário do jovem Réphaël Ghrenassia, protagonista desta comédia geracional sobre as agruras de adolescer. A harmonia precisa entre os jovens intérpretes é de surpreender, não tanto pelas sacadas espirituosas, mas pela tridimensionalidade que eles imprimem a seus personagens, abrindo feridas sempre purulentas de quem acabou de deixar a infância para trás. Na trama, Réphaël vive Benoit, um jovem de uma zona portuária da França que se muda para Paris para recomeçar a vida na capital, encarando uma nova escola. Lá, seu jeitão "interiorano" e sua disponibilidade fazem dele alvo da troça da garotada. Mas, ao se encantar por uma colega, Johanna (Johanna Lindstedt), ele vai bolar uma festa a fim de fazer as pazes com seus algozes e se tornar popular. Mas o processo não vai ser fácil, evocando situações típicas dos cults teen do mestre John Hughes (1950-2009), a começar por Gatinhas e Gatões (1984), em sua abordagem "olho no olho" para os entreveros da adolescência. A direção é pautada pelas angústias de Benoit em seu novo mundo.

Ainda nesse pacote francês de Boudier, vale uma atenta espiada a doce bobagem Um Amor à Altura (Un Homme à la Hauteur), vista por meio milhão de pagantes na França em duas semanas. Realizador da franquia O Pequeno Nicolau, o diretor Laurent Tirard faz de Jean Dujardin (o ganhador do Oscar por O Artista, aqui igualmente inspirado) um homem de 1m36 de altura, às voltas com uma beldade loura e alta (Virginie Efira). O longa é uma adaptação da comédia argentina Coração de Leão, só que infinitamente mais bem escrita, atuada e dirigida.

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p.s.: Começa nesta quinta-feira em Fortaleza a 26ª edição do Cine Ceará, na qual já se pode destacar uma pérola nacional: Maresia, uma adaptação do romance Barco a Seco, de Rubens Figueiredo, que merece - no mínimo - uma menção honrosa para o veterano Pietro Mário, o Capitão Furacão.

p.s.2: Surpresa na seara do horror, A Bruxa, produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, está saindo agora em DVD nos EUA.   

"O Novato": melhor boca a boca do Varilux Foto: Estadão

Tem muita coisa boa na seleta de títulos garimpados por Christian Boudier para o Festival Varilux 2016, que embarca em sua segunda semana de Brasil nesta quinta. Mas entre as gemas (tipo A Corte, Meu Rei e Chocolate), o filme que mais (e melhor) desponta no boca a boca popular (e mesmo no paladar da crítica) é O Novato (Lê Noveau), primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Rudi Rosenberg. Talvez o entusiasmo venha do desempenho hilário do jovem Réphaël Ghrenassia, protagonista desta comédia geracional sobre as agruras de adolescer. A harmonia precisa entre os jovens intérpretes é de surpreender, não tanto pelas sacadas espirituosas, mas pela tridimensionalidade que eles imprimem a seus personagens, abrindo feridas sempre purulentas de quem acabou de deixar a infância para trás. Na trama, Réphaël vive Benoit, um jovem de uma zona portuária da França que se muda para Paris para recomeçar a vida na capital, encarando uma nova escola. Lá, seu jeitão "interiorano" e sua disponibilidade fazem dele alvo da troça da garotada. Mas, ao se encantar por uma colega, Johanna (Johanna Lindstedt), ele vai bolar uma festa a fim de fazer as pazes com seus algozes e se tornar popular. Mas o processo não vai ser fácil, evocando situações típicas dos cults teen do mestre John Hughes (1950-2009), a começar por Gatinhas e Gatões (1984), em sua abordagem "olho no olho" para os entreveros da adolescência. A direção é pautada pelas angústias de Benoit em seu novo mundo.

Ainda nesse pacote francês de Boudier, vale uma atenta espiada a doce bobagem Um Amor à Altura (Un Homme à la Hauteur), vista por meio milhão de pagantes na França em duas semanas. Realizador da franquia O Pequeno Nicolau, o diretor Laurent Tirard faz de Jean Dujardin (o ganhador do Oscar por O Artista, aqui igualmente inspirado) um homem de 1m36 de altura, às voltas com uma beldade loura e alta (Virginie Efira). O longa é uma adaptação da comédia argentina Coração de Leão, só que infinitamente mais bem escrita, atuada e dirigida.

p.s.: Começa nesta quinta-feira em Fortaleza a 26ª edição do Cine Ceará, na qual já se pode destacar uma pérola nacional: Maresia, uma adaptação do romance Barco a Seco, de Rubens Figueiredo, que merece - no mínimo - uma menção honrosa para o veterano Pietro Mário, o Capitão Furacão.

p.s.2: Surpresa na seara do horror, A Bruxa, produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, está saindo agora em DVD nos EUA.   

"O Novato": melhor boca a boca do Varilux Foto: Estadão

Tem muita coisa boa na seleta de títulos garimpados por Christian Boudier para o Festival Varilux 2016, que embarca em sua segunda semana de Brasil nesta quinta. Mas entre as gemas (tipo A Corte, Meu Rei e Chocolate), o filme que mais (e melhor) desponta no boca a boca popular (e mesmo no paladar da crítica) é O Novato (Lê Noveau), primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Rudi Rosenberg. Talvez o entusiasmo venha do desempenho hilário do jovem Réphaël Ghrenassia, protagonista desta comédia geracional sobre as agruras de adolescer. A harmonia precisa entre os jovens intérpretes é de surpreender, não tanto pelas sacadas espirituosas, mas pela tridimensionalidade que eles imprimem a seus personagens, abrindo feridas sempre purulentas de quem acabou de deixar a infância para trás. Na trama, Réphaël vive Benoit, um jovem de uma zona portuária da França que se muda para Paris para recomeçar a vida na capital, encarando uma nova escola. Lá, seu jeitão "interiorano" e sua disponibilidade fazem dele alvo da troça da garotada. Mas, ao se encantar por uma colega, Johanna (Johanna Lindstedt), ele vai bolar uma festa a fim de fazer as pazes com seus algozes e se tornar popular. Mas o processo não vai ser fácil, evocando situações típicas dos cults teen do mestre John Hughes (1950-2009), a começar por Gatinhas e Gatões (1984), em sua abordagem "olho no olho" para os entreveros da adolescência. A direção é pautada pelas angústias de Benoit em seu novo mundo.

Ainda nesse pacote francês de Boudier, vale uma atenta espiada a doce bobagem Um Amor à Altura (Un Homme à la Hauteur), vista por meio milhão de pagantes na França em duas semanas. Realizador da franquia O Pequeno Nicolau, o diretor Laurent Tirard faz de Jean Dujardin (o ganhador do Oscar por O Artista, aqui igualmente inspirado) um homem de 1m36 de altura, às voltas com uma beldade loura e alta (Virginie Efira). O longa é uma adaptação da comédia argentina Coração de Leão, só que infinitamente mais bem escrita, atuada e dirigida.

p.s.: Começa nesta quinta-feira em Fortaleza a 26ª edição do Cine Ceará, na qual já se pode destacar uma pérola nacional: Maresia, uma adaptação do romance Barco a Seco, de Rubens Figueiredo, que merece - no mínimo - uma menção honrosa para o veterano Pietro Mário, o Capitão Furacão.

p.s.2: Surpresa na seara do horror, A Bruxa, produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, está saindo agora em DVD nos EUA.   

"O Novato": melhor boca a boca do Varilux Foto: Estadão

Tem muita coisa boa na seleta de títulos garimpados por Christian Boudier para o Festival Varilux 2016, que embarca em sua segunda semana de Brasil nesta quinta. Mas entre as gemas (tipo A Corte, Meu Rei e Chocolate), o filme que mais (e melhor) desponta no boca a boca popular (e mesmo no paladar da crítica) é O Novato (Lê Noveau), primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Rudi Rosenberg. Talvez o entusiasmo venha do desempenho hilário do jovem Réphaël Ghrenassia, protagonista desta comédia geracional sobre as agruras de adolescer. A harmonia precisa entre os jovens intérpretes é de surpreender, não tanto pelas sacadas espirituosas, mas pela tridimensionalidade que eles imprimem a seus personagens, abrindo feridas sempre purulentas de quem acabou de deixar a infância para trás. Na trama, Réphaël vive Benoit, um jovem de uma zona portuária da França que se muda para Paris para recomeçar a vida na capital, encarando uma nova escola. Lá, seu jeitão "interiorano" e sua disponibilidade fazem dele alvo da troça da garotada. Mas, ao se encantar por uma colega, Johanna (Johanna Lindstedt), ele vai bolar uma festa a fim de fazer as pazes com seus algozes e se tornar popular. Mas o processo não vai ser fácil, evocando situações típicas dos cults teen do mestre John Hughes (1950-2009), a começar por Gatinhas e Gatões (1984), em sua abordagem "olho no olho" para os entreveros da adolescência. A direção é pautada pelas angústias de Benoit em seu novo mundo.

Ainda nesse pacote francês de Boudier, vale uma atenta espiada a doce bobagem Um Amor à Altura (Un Homme à la Hauteur), vista por meio milhão de pagantes na França em duas semanas. Realizador da franquia O Pequeno Nicolau, o diretor Laurent Tirard faz de Jean Dujardin (o ganhador do Oscar por O Artista, aqui igualmente inspirado) um homem de 1m36 de altura, às voltas com uma beldade loura e alta (Virginie Efira). O longa é uma adaptação da comédia argentina Coração de Leão, só que infinitamente mais bem escrita, atuada e dirigida.

p.s.: Começa nesta quinta-feira em Fortaleza a 26ª edição do Cine Ceará, na qual já se pode destacar uma pérola nacional: Maresia, uma adaptação do romance Barco a Seco, de Rubens Figueiredo, que merece - no mínimo - uma menção honrosa para o veterano Pietro Mário, o Capitão Furacão.

p.s.2: Surpresa na seara do horror, A Bruxa, produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, está saindo agora em DVD nos EUA.   

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