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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Numa escolha de Sofia, leve Lily Tomlin pra casa neste Festival do Rio

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Lily Tomlin com Julia Garner (ao fundo) em "Grandma", de Paul Weitz 

Xodó de Robert Altman nos anos tempos cinemanovistas de pérolas como Nashville (1974), coprotagonista da série Grace and Frankie com Jane Fonda e adorada como um dos pilares da comédia moderna nos EUA, Mary Jean "Lily" Tomlin chegou aos 76 anos no dia 1º de setembro coroada com um papel que pode, enfim, garantir à sua carreira um merecido Oscar de melhor atriz. Ela é a alma e o coração de Grandma, drama on the road de tintas cômicas, pilotado por Paul Weitz e incluído na seleta do Festival do Rio 2015. Tem sessão dele nesta segunda-feira (leia-se hoje) às 19h, no Roxy 1, em Copacabana. É um roteiro enxuto e sem proselitismos no retrato da condição homossexual, sem levantar bandeiras que não a da convergência, da paz. Lily  é a poetiza Elle, uma figura mítica nas loucas décadas de 1960 e 70 que hoje vive a dor da perda da companheira de 38 anos. Tem uma namorada nova, mas esta não entende seu jeitão introspectivo e seu egocentrismo. Mas eis que a gravidez de sua neta, Sage (o quindim Julia Garner) vai tirar Elle da inércia, rendendo cenas impagáveis enquanto ela ajuda a jovem a arrumar dinheiro para um aborto. A participação de Sam Elliott, soberbo, como um amor do passado da poeta, é de extrair lágrimas. O Odeon, no domingo, soluçou com o filme.

Para relembrar de Lily em seus dias de glória, confira Um Espírito Baixou em Mim (1984) e A Incrível Mulher que Encolheu (1981), escrito pela namorada da atriz: Jane Wagner. Que Grandma saia do Oscar com as mãos cheias de troféus.

Programe-se: a próxima sessão de Grandma será nesta quinta-feira, às 14h e às 18h30m, no Cinépolis Lagoon.

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