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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Moacyr Franco ainda nos faz chorar de saudade

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Cantor revive seu histórico de glórias em show nesta quarta no Imperator  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Embora tenha sido apresentado às novas gerações pelo cinema, como o Delegado Justo de O Palhaço (2011), pelo qual recebeu o troféu de melhor  coadjuvante no Festival de Paulínia, e, regularmente, faça da televisão um QG para suas criações como ator, o mineiro de Ituiutaba Moacyr de Oliveira Franco sempre teve na música a sua companheira mais fiel e de maior sucesso popular, numa amizade alimentada a boleros, marchinhas, baladas de amor e até rock'n'roll. Reconhecido pelos sertanejos como um mestre, clamado pelo carnaval como a voz por trás de Me Dá um Dinheiro Aí e querido dos apaixonados e dos românticos carentes, largados e em vias de abandono por hits como Cartas na Mesa, o cantor, hoje com 80 anos, vai levar um pouquinho de sua história para o Rio de Janeiro nesta quarta (dia 23), no Méier, ao subindo o palco do Imperator - Centro Cultural João Nogueira para um par de shows, às 16h e ás 19h. Choro já é esperado das (e dos) fãs mais ferrenhos quando ele soltar a voz entoando poemas canoros como Ainda Ontem Chorei de Saudade. Mas os risos também estão garantidos ao largo dos causos que ele vai contar.

"O slogan dos meus shows é 'Pode ir sossegado que não vai ter novidade nenhuma', pois o que eu tento sempre fazer com o público é um encontro de saudades, a partir de uma trajetória de 42 discos de ouro", diz Franco ao P de Pop, em meio à turnê para promover seu novo CD, o disco Faz de Conta Que é Natal. "É um resgate de músicas que ficam nosso imaginário. Graças a Deus eu passei por todo tipo de ritmo que existe na nossa música sem ter ficado rotulado como específico de nenhum deles. Agora foi a hora de mexer com essa tradição de música natalina. Eu estou também escrevendo um texto sobre o Natal. Tenho vários textos escritos que poderiam virar filme".

 Foto: Estadão

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Em fevereiro, Franco volta à telona como coadjuvante de luxo em Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, a esperada comédia protagonizada por Danilo Gentili. A direção é de Fabrício Bittar. E ali, ele encarna um faxineiro que corrompe os estudantes de um colégio. Mas o músico tem planos para retomar a parceria com o diretor de O Palhaço, o também ator Selton Mello, fã assumido do cantor.

"Ele andou conversando comigo de eu participar de seu novo filme como realizador", diz Franco, que trabalhou em programas humorísticos icônicos como A Praça da Alegria (Record) e A Praça é Nossa (SBT). "Eu convivi com mais de 20 maestros de peso, ao longo da minha carreira, e conheci pessoalmente todos os presidentes da nossa República do Gaspar Dutra até hoje. Tenho histórias que encheriam livros, nas quais, as maiores emoções, vieram do meu contato com um público. Uma vez, uma mulher chegou perto de mim em um show e botou um bilhetinho no bolso do meu paletó. Achei que pudesse ser uma cantada de fã e não dei bola. Ao chegar no hotel e mexer nos bolsos do terno, achei o papel, onde ela confessava que seu filho tinha morrido e dizia: 'Ele te amava'. Essa é uma memória quase insuportável de tão comovente. Mas ela vive aqui em mim".

 

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