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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Kore-eda e a Palma da covardia

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
"Shoplifters": correto e careta  Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Só pela sinopse já dá para notar que Shoplifters, de Hirokazu Kore-eda, o ganhador da Palma de Ouro, numa das decisões mais absurdas da história do festival, foi feito para nos fazer chorar:

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"Ao sair de um furto com os bolsos cheios, o pilantra profissional Osamu (Lily Franky), líder de um clã de trambiqueiros, depara-se com uma garotinha em estado de abando. A princípio, ele reluta em abrigar a menina, mas resolve cuidar dela depois de saber das dificuldades que enfrenta. Embora a família seja pobre e viva de golpes, eles são felizes. Isso até o Destino aprontar das suas". Kore-eda filma com rigor, faz rir aqui e ali e nunca, NUNCA deixa seus personagens se descabelarem. Não há pathos transbordando ali. Há apenas resignação ao que se passa no mundo. Há o cinema da eficiência e não da transcendência, do eros, da fúria, como se viu em Cannes em Spike Lee e Nadine Labaki. Venceu o bom mocismo.

 

Lista de premiados Palma de Ouro: "Shoplifters", de Hirokazu Kore-eda

Palma de Ouro Especial: Jean-Luc Godard, por "Le Livre d'Image"

Grand Prix: "BlackKklansman", por Spike Lee

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Documentário: "Samouni Road", de Stefano Savona

Prêmio Especial do Júri: "Capharnaüm", de Nadine Labaki

Direção: Pawel Pawlikowski, por "Cold War"

Atriz: Samal Yesyamova, por "Ayka"

Ator: Marcello Fonte, por "Dogman"

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Roteiro: Alice Rohrwacher, por "Lazzaro Felice", empatado com Nader Saeivar e Jafar Panahi, por "3 Faces"

Caméra d'Or (filme de estreia): "Girl", de Lukas Dhont

Curta-metragem: "All these creatures", com menção honrosa para "On the border"

Prêmio da Crítica: "Burning", de Lee Chang-Dong

Prêmio do Júri Ecumênico: "Capharnaüm", com menção honrosa para "BlackKklansman"

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