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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Jackie Chan troca a chanchada pela vingança

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

RODRIGO FONSECA Embora tenha dedicado as últimas duas décadas a chanchadas marciais que lhe deram fama no Ocidente, uma fortuna em bilheteria e um Oscar honorário, Jackie Chan, hoje com 63 anos, percebeu que é hora de se arriscar, em língua inglesa, num filme tão sério e violento quanto aqueles que faz, vira e mexe, em sua Ásia natal. A escolha foi The Foreigner, um thriller de vingança com foco na histeria antiterror na Europa, no qual contou com um dos diretores mais especializados em ação da indústria: Martin Campbell, de Cassino Royale (2005). Foi ele quem resgatou a franquia 007 duas vezes, tanto na fase com Daniel Craig, nos anos 2000, quanto com Pierce Brosnan, em 1995, com Goldeneye. E foi Brosnan quem o cineasta trouxe de volta aqui, para um papel com ecos de vilão. Na trama, rodada em Londres ao custo de US$ 35 milhões, baseada no romance The Chinaman, de Stephen Leather, um agrisalhado Chan vive o turista Quan, que perde a filha num atentado a bombas imputado ao IRA, o Exército Republicano Irlandês, ao visitar a Inglaterra. Ele cobra das autoridades locais, cuja maior representação é o político Liam Hennessy (Brosnan), uma reação, mas tudo o que encontra é inércia, corrupção e um segredo ligado ao próprio atentado. É hora de vingança. Hora essa que estreia na China em setembro e nos EUA em outubro.

As primeiras cenas são primorosas e trazem um Chan tão inspirado quanto no tempo em que chegou a Hollywood com Arrebentando em Nova York (1995). Ele ainda tem um filme de pura adrenalina para rodar com Sylvester Stallone, chamado Ex-Baghdad, no qual poderá, uma vez mais, desconstruir seu perfil cômico.  

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