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Festival de Gramado discute o valor estético da dublagem

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Voz de Clint Eastwood e Sean Connery no Brasil, o ATOR mineiro Márcio Seixas vai defender a arte da dublagem como negócio e como meio de expressão  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA

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Num ano em que Gramado escolheu homenagear ícones populares do nosso audiovisual, como Sonia Braga, Tony Ramos e José Mojica Marins, a presença do ator mineiro Márcio Seixas na Serra Gaúcha, na condição de palestrante, pode ser encarada, sob um viés histórico, como um tributo (merecido) a um mestre da voz. Com quatro décadas de serviços prestados às artes dramáticas, cedendo o gogóa atores como Clint Eastwood, Nick Nolte e Morgan Freeman, ele fará neste domingo, às 14h, no Recreio Gramadense (centro nervoso do evento), uma palestra sobre dublagem, com foco estético e econômico. Existe um preconceito recorrente - sobretudo entre formadores de opinião - contra o verbo "dublar", desqualificando a potência artística desta operação, fundamental sobretudo entre platéias em formação.

"Há anos, eu vejo a dublagem sendo vilipendiada com nota zero nas colunas dos jornais, mas você vê, nos canais a cabo, uma recepção popular altíssima por parte do público por filmes dublados, e isso precisa ser debatido", diz Seixas, responsável por fazer da expressão "versão brasileira" algo mais do que um processo técnico, injetando inquietação e autoria ao trabalho de atuar só com seu vozeirão. "É bom quando alguém na rua reconhece a nossa voz como algo familiar, como uma lembrança afetiva do cinema ou da TV".

Depois da calorosa projeção de Aquarius, em sua abertura, com direito a vaias de "Fora Temer!", Gramado segue hoje com os primeiros longas nacionais em competição: Elis, de Hugo Prata, e O Roubo da Taça, de Caíto Ortiz.

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