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Cinemateca Francesa revê 'os verdes anos' de Paulo Rocha

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Paulo Rocha: lirismo discreto  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaEstima-se que uma nova leva de atrações do 68º Festival de Berlim seja divulgado esta segunda-feira, incluindo (como de costume) produções de Portugal, um país sempre bem-vindo em telonas alemãs, incluindo exercícios inéditos dos cineastas lusos para a competição pelo Urso de Ouro e a pérola Os Verdes Anos (1963) pra Berlinale Classics. A aposta nesse clássico vem não apenas das comemorações de seu 55º aniversário: no dia 10 de janeiro, a Cinémathèque Française, em Paris, vai realizar uma retrospectiva do realizador deste marco moderno do audiovisual português: o cineasta Paulo Rocha (1935-2012). Indicado à Palma de Ouro de Cannes por A Ilha dos Amores (1982), este produtor e diretor, nascido no Porto, foi estudante de Direito, mas trocou o ofício de advogado pelo exercício poético da arte de filmar. Foi assistente de direção de Jean Renoir (1894-1979) e de Manoel de Oliveira (1908-2015) antes de se lançar numa carreira solo, filmando o tal Os Verdes Anos que deu a ele um prêmio de estreante no Festival de Locarno. É a história de amor entre um camponês que vem para Lisboa e uma jovem doméstica que se deixa afetar pelo provincianismo do rapaz. Rocha foi da ficção (com seu lirismo discreto) ao documentário, rodando As Sereias (2001) e Shohei Imamura - Le Libre Penseur (1995).

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