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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Berlinale promove debate com Paul Verhoeven

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
O diretor Paul Verhoeven no set de "Elle"  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Entre todos os eventos agendados pela Berlinale 2017, um dos mais ousados não se passará nas telas, mas sim em um centro cultural: Hau Hebbel Am Ufer. Neste domingo, o Festival de Berlim promove um debate com o presidente do júri do Urso de Ouro, o septuagenário cineasta holandês Paul Verhoeven, e sua companheira de corpo de jurados, a atriz americana Maggie Gyllenhaal. O tópico do colóquio é Coragem: Contra Todos os Desafios. O realizador de Instinto Selvagem (1992) vai falar dos tabus que desafiou ao longo de sua carreira, chegando até o festejado Elle, ganhador do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e cotado ao Oscar de melhor atriz (para Isabelle Huppert). Já Maggie vai falar de seu trabalho na franquia Batman, de Christopher Nolan, e de sua atuação no polêmico A Secretária, de 2002, no qual encarnava os fetiches de uma masoquista. Estima-se que o realizador saia daqui com um projeto novo e leve Maggie para atuar sob sua batuta

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Dos filmes em competição exibidos até agora na Berlinale, só o longa de abertura disse a que veio: Django, do francês Etienne Comar, revive (com brilho do elenco e com uma fotografia requintada) a trajetória do jazzista Django Reinhardt (1910-1953) contra os nazistas. Já a love story húngara On Body and Soul, da diretora Ildikó Enyedi, sobre uma mulher sisuda que desperta o amor de seu supervisor em um matadouro de bois, parece uma versão malfeita das comédias românticas com Meg Ryan - só  suja de sangue e tripas. Entre todos os competidores, o mais falado é o finlandês The Other Side of Hope, do finlandês Aki Kaurismäki, que aborda "o" tema nº 1 do mundo em termos de polêmica (fora Donald Trump): o drama dos refugiados políticos. E há muita curiosidade por aqui, por parte dos anfitriões alemães, acerca de Joaquim, do pernambucano Marcelo Gomes, que coloca a história de Tiradentes na mira de prêmios.

Cresce por aqui o boca a boca em prol de Bye Bye German, uma comédia do diretor alemão Sam Garbarski (do cult Irina Palm), sobre dois judeus sobreviventes do Holocausto que, na Frankfurt de 1946, usam as mais estapafúrdias estratégias para vender produtos para mulheres.

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