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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

36 filmes para entender melhor o Brasil

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
"A Queda" (1976) Foto: Estadão

Uma década atrás, uma editora fez um desafio a alguns críticos pedindo a alguns de nós uma lista de filmes definitivos para entender o Brasil. Não era necessário haver uma ordem de preferência. E a seleção não se referia a uma ideia de "os melhores isso, os melhores aquilo" e sim à necessidade de elencar filmes capazes de oferecer possíveis respostas para uma antropologia - e sociologia - da realidade brasileira no correr das eras. A lista deveria conter uma quantidade de títulos equivalente à idade de cada um de nós. Era 2005: da minha constavam 25 atrações. Mas o Tempo, essa máquina de fazer monstros, passou e a idade chegou, e, numa revisão crítica do material bruto, resolvi acrescentar mais alguns. Temos aqui, portanto, 36 filmes capazes de explicar um pouquinho de nós...

A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos

Terra em Transe, de Glauber Rocha

A Queda, de Nelson Xavier e Ruy Guerra

Bye, Bye Brasil, de Cacá Diegues

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O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla

A Dama do Lotação, de Neville d'Almeida

Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho

O Mágico e o Delegado, de Fernando Coni Campos

Amei um Bicheiro, de Jorge Illeli

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Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos

O Invasor, de Beto Brant

Que Horas Ela Volta, de Anna Muylaert

O Homem do Sputinik, de Carlos Manga

Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia, de Hector Babenco

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A$$untina das Amérikas, de Luiz Rosemberg Filho

Tropa de Elite, de José Padilha

Boi Neon, de Gabriel Mascaro

Assalto ao Trem Pagador, de Roberto Farias

Tudo Bem, de Arnaldo Jabor

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Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, de José Mojica Marins

Ilha das Flores, de Jorge Furtado

Baixio das Bestas, de Cláudio Assis

Bar Esperança - O Último Que Fecha, de Hugo Carvana

Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas

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Intervalo Clandestino, de Eryk Rocha

Os Saltimbancos Trapalhões, de J.B. Tanko

O País de São Saruê, de Vladimir Carvalho

As Aventuras de Pedro Malasartes, de Amacio Mazaroppi

A Casa Assassinada, de Paulo Cezar Saraceni

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Cidade de Deus, de Fernando Meirelles

Nunca Fomos Tão Felizes, de Murilo Salles

Oh! Rebuceteio, de Cláudio Cunha

O Anjo Nasceu, de Julio Bressane

Casa9, de Luiz Carlos Lacerda

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Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho

Woody & Stock - Sexo, Orégano & Rock'n'roll, de Otto Guerra

E, por fora, cada um de nós deveria apontar uma filmografia específica a ser estudada a fim de se compreender melhor a alma brasileira. Minha resposta na época é a mesma de hoje: a obra de Humberto Mauro (1897-1983), começando por Brasa Dormida (1928). Ele não entrou na lista porque merece um puxadinho só para si, por ser o pai de nossa brasilidade fílmica. E acrescentaria mais dois nomes que merecem um estudo à parte: Arthur Omar, pelo diálogo com a videoarte e a as artes plásticas, e Carlos Reichenbach (1945-2012), pela reflexão livre sobre as diferentes formas de opressão. De Omar, destacaria Triste Trópico (1974) e, de Carlão, meu eleito seria Anjos do Arrabalde (As Professoras), de 1986.

É apenas uma lista... Faltou muita coisa boa. Tem muito mais Glauber, muito mais Cacá, Coutinho... Mas pode servir como uma provocação para uma revisão de nossa identidade a partir das telas.

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