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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Sai MinC

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Atualização:

 

Fora MinC?

Está provado: não é uma comissão do Ministério da Cultura que deve escolher o filme brasileiro candidato ao Oscar.

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O racha da classe e a polarização política não possibilitaram uma isenção indispensável.

E gerou um constrangimento ontem, na apresentação oficial, que chocou a classe, testemunhado pelo nosso crítico Luiz Merten.

Presidido por Bruno Barreto, que fugiu na cerimônia, cineasta que arrebentou há 40 anos com DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS, um júri suspeito escolheu um filme que ninguém viu.

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Ninguém vírgula.

O insuspeito jornalista e crítico da Folha, ALCINO LEITE NETO, viu.

Escreveu hoje sobre o filme de David Schurmann:

"... Ministério da Cultura elegeu como representante do Brasil no Oscar um dos piores filmes do cinema brasileiro dos últimos anos."

Para Alcino, Pequeno Segredo é um turbilhão de clichês e sentimentalismo, que nem a atriz Júlia Lemmertz salva.

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"A narrativa é piegas, as imagens são piegas, a banda sonora é piegas, a direção é de uma platitude sem fim."

Tinha mais de dez filmes inscritos.

De comédias a filmes de ação.

Em anos de turbulência política, muitos debatiam nossos conflitos sociais: racismo, disparidade econômica, capitalismo selvagem, pobreza, loucura.

O júri escolheu um filme de família, sentimental.

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Não é o MinC que deve escolher o filme para concorrer à grande Academia de Cinema de Hollywood.

Poderia ser a Academia Brasileira de Cinema, composta por produtores, diretores, autores e atores.

Associados cadastrados que já votam no melhor filme [premiação agora em outubro].

Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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