BEM-VINDO A NOVA YORK, filme de ABEL FERRARA sobre DMK (Dominique Strauss-Kahn), antigo homem forte do FMI, preso de 2011 depois da acusação de avançar sobre uma camareira em Nova York, estreará com cortes nos EUA.
O filme, que já passou no Brasil e foi exibido no Festival de Cannes no ano passado, estreia só amanhã, sexta, nos EUA.
Mas não com a versão que passou por aqui, no Reino Unido e na França, a "versão do diretor".
O filme está 15 minutos mais curto que a versão original.
A cena do suposto estupro ficou em segundo plano.
"É uma censura arbitrária", reclamou Ferrara ao New York Times. "É uma versão ilegítima, mudaram o debate político do filme."
Com o nome "Welcome to New York", o filme procura reler os acontecimentos do antigo chefe do FMI, socialista barbada para eleição presidencial na França, através da ficção.
Estrelado por Gerard Depardieu, Georges Devereaux, similar a DSK, aparece no Poder cercado prostitutas, sempre em bacanais e atacando a camareira do hotel, exatamente como ela descreveu no processo.
Ferrrara disse que processará a distribuidora IFC Films.
Strauss-Kahn foi preso e pagou fiança de US$ 1 milhão.
O processo criminal virou civil, depois que ele ofereceu uma indenização à camareira de mais de US$ 1,5 milhão.