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Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Domingo de avenida fechada termina em protesto

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Atualização:

 

Paulista fechada aos carros e aberta aos conflitos

É bem estranho o acampamento de defensores do impeachment em frente ao prédio da Fiesp, que já dura semanas.

Não são "coxas", com muitos pensam.

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Coxas estão no Guarujá, em ar-condicionado, no churrasco em Alto de Pinheiros, em Miami.

Fiquei hoje alguns minutos circulando entre eles e não os entendi.

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Apitam, gritam "Fora Dilma", usam barracas padronizadas, que devem ter sido herdadas de um Campus Party [evento anual que reúne milhares de fãs de tecnologia e games num acampamento high-tec], e em nada lembram "playboys" paulistanos.

Uma quadra depois, em frente ao prédio da Gazeta, uma manifestação com piquenique e forró parecia ser contra o impeachment.

O confronto era inevitável.

Afinal, para muitos, a Fiesp tem se metido demais na conturbada política brasileira, e deixou sua posição clara.

Deu-se agora à tarde.

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Com gritos "Golpistas! fascistas! Não Passarão!", centenas de ativistas do #OcupeADemocracia, que realizava debates na avenida aberta à população e fechada aos carros, foram protestar em frente à Fiesp e enfrentaram acampados lá.

Que partiu com canos e paus ao ataque.

Defendem o pato da Fiesp.

O que era para terminar com confraternização e festa um dia ensolarado na nova praia paulistana, terminou tenso.

Ninguém relaxa nem no domingo de sol.

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O país continua rachado neste veranico.

Registros do Mídia Ninja, fotos Sato

Opinião por Marcelo Rubens Paiva
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