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Opinião|Samba em Paris

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
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Samba, de Eric Toledano e Olivier Nakache, é prova de que se pode fazer cinema popular sem abaixar o nível, coisa difícil de se acreditar no Brasil. Eles têm know how. São os mesmos diretores de Intocáveis, filme que fez 20 milhões de espectadores na França, foi sucesso no mundo todo e deu a Omar Cy o César de melhor ator. Aquela era a história de um tetraplético (François Cluzet), ajudado por um cuidador debochado (Cy)

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Omar Cy é o principal intérprete também de Samba. Este é o nome do senegalês que está na França há dez anos sem documentos, sobrevive de pequenos empregos e mora na casa de um parente. Ele tem um colega também imigrante, vivido por Tahar Rahim. A nacionalidade deste cidadão não pode ser contada, pois faz parte das surpresas do enredo. Bem, e há uma terceira personagem, Alice (Charlotte Gainsbourg), francesa como o queijo Camenbert e o vinho de Bordeaux, mas tão desajustada com seu país quanto os imigrantes sem documentação.

Samba pode ser visto como uma comédia dramática e romântica, de fundo social. Através de sua trinca de personagens principais, e mais alguns secundários, traça um painel interessante e agudo da atual situação francesa. Busca despertar o riso, a emoção e, com certeza, certa reflexão. Esses termos não são incompatíveis.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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