A sessão de ontem de Pitanga, de Beto Brant e Camila Pitanga, foi gloriosa. Sala lotada, muitos risos e aplausos durante a projeção, e uma longa ovação final. Por acaso, encontrei hoje o homenageado, Antonio Pitanga, quando fui entrevistar Marco Bellocchio no hotel. Os dois conversavam. E Pitanga, sempre de bom humor, disse que estava tietando o "maestro". Dei-lhe um abraço e falei da sessão de ontem. Estava contentíssimo.
Nós todos, aliás. Para começo de conversa, é um filmaço, entremeando o Antonio Pitanga de hoje com cenas dos seus inúmeros filmes (ele tem mais de 50 na carreira). A abertura é genial. O Pitanga de hoje "reencontra" uma Luisa Maranhão interpretada por uma atriz, numa cena que simula ser de Barravento, primeiro longa de Glauber. Depois, Pitanga fez vários outros com o cineasta baiano, como Câncer e a A Idade da Terra. Os reencontros de Pitanga com suas ex-mulheres são de antologia: Ittala Nandi, Zezé Motta, etc. Viraram todas excelentes amigas.
O filme respira afeto o tempo todo. Amigos, ex-mulheres, colegas, todos só têm boas palavras a falar sobre o baiano. É um filme de celebração, mas sem ranço.
Você lembra de um país afetivo, cheio de ginga e bom humor, no qual as relações humanas eram carinhosas e mais fáceis? Esse país chamava-se Brasil. Tem saudades dele? Assista a Pitanga.
CINEARTE 1 28/10/16 - 15:30 - Sessão: 710 (Sexta) CINEMATECA - SALA BNDES 30/10/16 - 17:00 - Sessão: 891 (Domingo)
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