"O setor cultural como um todo está apreensivo e descontente com a incorporação do Minc sem qualquer consulta aos produtores, artistas e agentes da atividade. Ainda não sabemos quem é ou são os interlocutores da nova ordem, nem o que pretendem. Há desconfiança quanto ao não atendimento à diversidade das expressões culturais do país e o fim das políticas afirmativas. No audiovisual tememos que a construção, realizada à duras penas tijolo a tijolo nos últimos 15 anos, da nossa jovem indústria seja interrompida. Seria um retrocesso abismal. Só dois setores vinham imunes à crise econômica: o audiovisual e o agronegócio (em escalas bem diferentes). A nossa atividade está a pleno vapor e seria um erro crasso interromper este ciclo virtuoso que nasceu na era FHC com a criação da Ancine, ganhou corpo na gestão Lula/Dilma e agora encontra-se entrando em sua puberdade. País sério e respeitado produz Cinema com C maiúsculo (salve o filme Aquárius na competição oficial de Cannes), republicas bananeiras só importam as imagens dos outros. Pausa dramática. Vamos com firmeza, serenidade e diálogo lutar pelas conquistas, qualificar as novas ideias e avançar naquilo que precisa ser aprimorado."
Toni Venturi
Cineasta
"Um retrocesso perigoso em todos os sentidos!"
Helena Ignez, diretora e atriz
Acima de tudo, uma idiotice histórica, portanto, sintoma de incompetência administrativa dessa 'turma' que assume o poder, pois, se gera economia, ela é pífia! (
Vestiram uma camisinha na relação da produção de cultura com o imaginário do Brasil. Murilo Salles, cineasta
"Cultura não tem nada a ver com Educação, essa nos prepara para encarar o mundo real, aquela nos estimula a inventar novos mundos. Essa incorporação da Cultura na Educação é um grave retrocesso." Cacá Diegues, cineasta
"A despeito de sua capacidade e do conhecimento ímpar do ambiente e das políticas culturais brasileiras, infelizmente o ministro Juca Ferreira em sua mais recente gestão não teve as mínimas condições de atuar com a consistência desejada, resolvendo questões prementes da área cultural como a situação de penúria pré-calamitosa da Cinemateca Brasileira. Minha única certeza neste momento é que a a recriação do Ministério da Cultura estará em destaque na pauta das candidaturas presidenciais em 2018, ocasião em que esse importante Ministério deverá ressurgir com a força que todos desejamos." Paulo Sacramento, cineasta