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Uma geléia geral a partir do cinema

Zanussi vem aí

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

De tanto postar textos no blog não estou tendo tempo de ir ver os filmes que me faltam (e interessam) da Mostra. Estava saindo, mas aí me veio a novidade que quero postar logo. Minha amiga Ursula Groszka, verdadeira embaixatriz cultural da Polônia em São Paulo (e no Brasil), me ligou para dar a boa nova. Nos primeiros dias de novembro, logo que a Mostra terminar, estará chegando a São Paulo o diretor Krszystof Zanussi. Vêm ele e um punhado de seus filmes, especialmente os dos anos 80. Zanussi é um autor fundamental do cinema polonês, para muita gente o mais característico da tardia nowa fala, a nouvelle vague local, que chegou meio atrasada ao país. Zanussi estudou na Escola de Cinema de Lodz, que foi o celeiro de onde saíram grandes diretores, incluindo Roman Polanski, que a Ursula já trouxe a São Paulo para outro mega-evento. Ainda não sei quais os filmes do Zanussi que vamos poder ver - Ursula não fez a curadoria -, mas o primeiro dele, Estrutura de Cristal, é uma obra-prima. Dos seguintes, Camuflagem consegue ser melhor do que O Homem de Mármore, do Wajda, ao qual costuma ser comparado por sua crítica à corrupção e ao conformismo dominantes na burocracia que governava a Polônia nos anos 70. Constância vai ainda mais fundo nessa linha (e também costuma ser comparado a outro clássico de Wajda, Sem Anestesia). Conheço pouco dos filmes mais recentes do Zanussi, mas o retrospecto dele é impressionante e pode fazer da sua vinda um verdadeiro acontecimento cinematográfico na cidade.

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