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Uma geléia geral a partir do cinema

Xeque-Mate

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Acabo de ver Xeque-Mate, que estréia depois de amanhã, e estou no maior dilema. Gostei do filme de Jason Smilovic com Josh Hartnett e Bruce Willis à frente de grande elenco (Morgan Freeman, Ben Kingsley, Stanley Tucci e Lucy Lui, mas boa parte da impressão que me causou deve-se ao fato de que entrei para a sessão sem nenhuma informação e fui sendo surpreendido pelo quebra-cabeças que o próprio Smilovic monta em seu roteiro. A menor informação pode desmontar a arquitetura dramática, até a mais simples de todas, a de que conta uma história de amor e vingança, porque aí você já vai preparado(a). Não quero tirar o prazer de ninguém e por isso vou ser o mais vago possível. Smilovic veio da TV, da série Karen Sisco, que era apresentada pelo canal USA. Lembra até certo ponto Darren Aronovsky ou o Christopher Nolan de Amnésia, embora a história não tenha nada a ver e a própria desmontagem que Smilovic faz de seu roteiro seja, senão inédita, criativa. O filme avança por meio de recuos que você pode até pensar que são redundâncias, cenas meramente explicativas, mas em cada uma delas há sempre uma informação nova e inquietante. E o elenco ajuda bastante. A densidade que Morgan Freeman e Ben Kingsley imprimem aos personagens rivais do Chefe e do Rabino, a participação de Stanley Tucci como policial violento (ele também está ótimo como o estilista gay de O Diabo Veste Prada), tudo isso contribui para o clima. Mas vai ser um tiro no escuro para você. Quanto menos souber, melhor.

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