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Uma geléia geral a partir do cinema

Westerns

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Tenho certeza de que já havia comentado com vocês - em janeiro, na Espanha, havia comprado dois livros de referência sobre westerns. Um chama-se 'Diccionario de Directores del Western', de Vicente del Castillo, e ostenta na orelha o seguinte endereço, se vocês quiserem pesquisar virtualmente - www.cinemitos.com/tbeditores. O outro é 'Películas Clave del Western', de Quim Casas, Ediciones Robinbook (www.robinbook.com). Compartilho a informação porque sei que muitos de vocês também amam westerns. No fim de semana, comecei a folhear o dicionário de diretores, com nomes raros e informações preciosas. Quando encontrava algo inesperado ou inusitado, corria ao outro dicionário, o das 'películas clave', para cruzar os dados. Muito interessante. Foi assim que se fortaleceu meu desejo de atender ao pedido de vocês, falando de Sam Peckinpah, e também de voltar ao mítico 'Shane', de George Stevens, que no Brasil se chamou 'Os Brutos também Amam' e na Espanha recebeu o título de 'Raízes Profundas, tendo inspirado o livro 'Shane: Western Clássico', de Paulo Perdigão, publicado originalmente pela L&PM (não me lembro, ou não sei, se houve outra edição). Amando 'Shane' como amava - mal comparando, era o 'Rocco' dele -, Paulo Perdigão nunca se conformou com o desfecho do filme de Stevens, quando o garoto, Joey, vê o pistoleiro se distanciar, rumo à montanha, e uma sombra passa pelo rosto de Brandon De Wilde, que, naquele momento, perde a inocência e realiza sua passagem para adulto. Sob a influência da síndrome de Cecília (Mia Farrow) de 'A Rosa Púrpura do Cairo', no tempo em que Woody Allen era realmente grande, Perdigão refez o final de 'Shane', ou entrou no filme, sei lá. Por uma questão de direitos, sua versão permaneceu secreta, mas se há uma coisa que eu gostaria, depois de ter lido 'Shane: Western Clássico', era de ver 'Os Brutos também Amam' revisto por Paulo Perdigão. É quase meia-noite. Estou cansado. Amanhã a gente continua.

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