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Uma geléia geral a partir do cinema

Tsunami na Croisette?

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

LONDRES - Liguei ontem à noite para o jornal, ainda era de tarde no Brasil - estou quatro horas à frente - e meus colegas de redação me fizeram um relato alarmista do 'tsunami' em Cannes. Cheguei a ouvir dizer que o festival, que começa na semana que vem, estava ameaçado. Conversei com uma jornalista francesa, Caroline, que conheço de outras junketts, e ela desautorizou a versão do tsunami, mesmo pequeno. Acrescentou que, há dois anos, já houve uma onda dessas, quando a ressaca invadiu a Croisette e destruiu parte do cenário que estava montado. Mas se me tranquilizou quanto a um problema, Caroline fez um relato alarmista de outro, dizendo que tsunami de verdade está ocorrendo nos bastidores do maior festival do mundo. Os patrocinadores estão querendo comer Thiérry Frémaux vivo por causa da seleção deste ano, que praticamente ignora os norte-americanos e a consequência é que teremos menos astros e estrelas em Cannes e, sem eles, o interesse midiático diminui. O segredo de Cannes tem sido contemporizar arte e mundanidade para garantir a mídia e satisfazer os patrocinadores. Cannes 2010 corre o risco de interessar menos à grande imprensa mundial, será verdade? Sei que, fora de concurso, diversos eventos estão sendo agregados. Teremos Woody Allen e Oliver Stone, cujo 'Wall Street 2' parece destinado a ser o filme do segundo semestre (como outra continuação, 'Tropa de Elite 2', o será njo Brasil). Stone já ia estrear seu filme agora, mas o medo da Copa está jogando a estreia mundial somente para setembro. O importante é que teremos Cannes,

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