PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Tehilim

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANCUN - Vou mater a procedencia, porque, afinal, estou redigindo o post daqui, mas nao tem nada a ver com o México. Meu sábado foi meio pesadelo no Brasil. Tinha textos para redigir (e deixar prontos), mais a página do Festival Judaico que está hoje no Caderno 2 e eu queria dar logo a entrevista com Rapahael Nadjari, cujo filme Tehilim, O Livro dos Salmos, me encantou quando o vi em Cannes, há dois anos (e recoimendo que voces vejam). Mas ocorreu de haver uma pane elétrica no |Estado| que afetou toda a rede de computadores. Foram horas até que tudo se arreglasse. Saí para almocar com minha filha e genro, tinha assuntos para resolver e voltei correndo ä redacao para terminar meu material. Cheguei no aeroporto, para variar, em cima da hora. Para complicar, perdi, entre outras coisas, um post que me era muito querido e que tento reproduzir daqui a pouco. Agora, por favor, fiquem atentos aos Festival Judaico. Este ano, o evento comemora 13 anos e faz seu bar-mitzvá. Aproveitando a data da maioridade religiosa dos meninos, o festival mostra muitos filmes sobre ritos de passagem, incluindo um, uruguaio, intitulado Acne, que achei muito interessante. É a história de um garoto que já conheceu prostitutas, já fez sexo, mas nunca beijou e sua meta é o primeiro beijo. Nao percam Tehilim, que possui uma riqueza metafóica muito grande. Um pai sofre um acidente de carro, o filho vai em busca de socorro e, quando volta, o pai desapareceu. O efeito desse desaparecimento sobre a família é o tema do diretor Raphael Nadjari, que me disse em Cannes que queria falar sobre grandes temas mas pelo reverso de um filme em que tudo é minimalista, pequeno. Achei muito legal, quando vi. Espero que continue assim. O 13.o Festival Judaico abre-se hoje com Tempo de Paz, de Daniel Filho, com Dan Stulbach e Tony Ramos. O filme nao é sobre judaismo, mas os temas da migracao e da barbárie nazista (e do Estado Novo) justificam perfeitamente sua inclusao no programa. Dan é judeu. Entrevistei-o na sexta e foi muito legal. Ele, como bom filho, volta ä casa. Dan fez a peca de Bosco Brasil, Novas Diretrizes em Tempos de Paz, primeiro com Jairo Matos e, depois, com Tony Ramos. Ele está ótimo no filme do Daniel, como estava ótimo na minissérie do Fernando Meirelles, Som e Fúria. O Festival Judaico estará rodando quando com, também esta semana,m estará comecando a Jornada do Cinema Silencioso. Nao dou sorte com a jorenada. Em geral ela coincide com evedntos que estrou cobrindo. No ano passado acho que foi Gramado, que, de qualquer maneira, comeca no domingo. Vai ter muita coisa interessante, também. Mantenham-me informado, para que eu possa lamentar o que estarei perdendo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.