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Uma geléia geral a partir do cinema

Tavernier decepciona

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANNES - E a França, dona da casa, segue fazendo figura pálida no 63º festival. Será simplesmente o gosto de Tiérry Frémaux. o diretor artístico que faz a seleção oficial, ou o país realmente não tinha nada de melhor para mostrar? Depois de 'Tournée', de M athieu Amalric, veio hoje 'La Princesse de Montpensier', que Bertrand Tavernier adaptou do livro de Madame de Lafayette. É autora de 'A Princesa de Clèves', que introduziu o realismo pçsicológico na literatura francesa. A outra princesa, a de Clèves, originou um filme famoso de Jean Delannoy, com roteiro de Jean Cocteau, que recebeu o grande prêmio técnico do cinema francês em pleno advdento da nouvelle vague. Ao entrevistar Christophe Honoré, por 'La Belle Junie', lhe disse que seu filme, livremengte adaptado do romance de Madame de Lafyette, era seu desagravo à nouvelle vague, 50 anos depois. 'A Princesa de Montpensier' narra uma história de amor durante as guerras religiosas do século 16. O período é o mesmo retratado em 'A Rainha Margot', mas Tavernier, de quem normalmente gosto, me pareceu acadêmico demais (e intendo de menos). Desse mato não sai prêmio, a menos que Tim Burton queira recompensar o frêmito dos seios sarfantes de Mélanie Thiérry, que faz a princesa. Nãso creio que seja o caso, mas enfim...

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