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Uma geléia geral a partir do cinema

Suzanne Pleshette, o adeus aos 70 anos

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Adorava a voz rouca de Suzanne Pleshette e sempre achei que ela era uma mulher adiante de seu tempo em Hollywood, nos anos 60. Por isso mesmo, fiquei tão triste quando soube que ela lutava contra o câncer e já era considerada terminal. Quando soube disso até postei alguma coisa sobre ela. Suzanne morreu no sábado, aos 70 anos. Lembro-me dela em 'Candelabro Italiano', de Delmer Daves, no papel daquela professorinha que, indignada porque a comunidade repressora de sua escola, em Boston, era contra determinado livro - mas será que era 'O Amante de Lady Chatterley?'; não me lembro -, dizia que ia para a Itália porque lá as pessoas não tinham medo de sexo, nem de amar. Revi na TV americana 'Os Pássaros', de Alfred Hitchcock - e até recebi algumas pancadas por isso; imaginem: em vez de ficar vendo novidades em Los Ageles, me tranquei num quarto de hotel para assistir a um Festival Hitchcock - e me encantou a cena em que Suzanne e Tippi Hedren, como duas mulheres adultas, fumam e falam de homens, ou de um homem, o Mitch de Rod Taylor. Tudo isso é verdade, mas eu confesso que a 'minha' Suzanne Pleshette era de outro filme. Sempre gostei (muito) de 'Um Clarim ao Longe', western de Raoul Walsh em que Troy Donahue, como o tenente Matt Hazard, faz uma defesa apaixonada dos índios, mesmo arriscando sua carreira na Cavalaria. A loira (e linda) Diane McBain tenta demovê-lo, mas Suzanne apóia o herói com aquela determinação apaixonada das mulheres de Walsh. Grande Suzanne. Na vida, ela também se casou com o Troy, que podia ser ruim demais como ator, mas era 'o' jovem galã da Warner por volta de 1960. Quando soube de sua morte, fiquei o dia inteiro pensando que tinha de postar alguma coisa sobre ela. Suzanne foi uma lutadora, Sua morte me deixou triste, confesso. E o que dizer de Heath Ledger, então?

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