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Uma geléia geral a partir do cinema

Star Wars é mole, difícil foi a premiação da APCA

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Estou indo daqui a pouco à cabine de Star Wars - Os Últimos Jedi. Pode até ser que goste (muito) - não duvido nem um pouco -, mas não estou sentindo nem metade que experimentei quando estava indo ver Liga da Justiça. Zack Snyder é um autor, aconteceu toda aquela tragédia com ele e eu estava louco para conferir o que restara de sua autoria. A saga Star Wars começou com George Lucas, sob a inspiração de Joseph Campbell, e desde então tem se revezado tantos diretores... Tive o privilégio de entrevistar George Lucas no Skywalker Ranch. Foi um daqueles momentos que considero privilegiados de minha vida de jornalista. George é um visionário, não tenho dúvida. Mas não é um grande realizador. Seu melhor filme como diretor segue sendo Loucuras de Verão, ou será que é a lembrança que o melhora? Os maiores diretores que já trabalharam na série foram dois que já morreram - Irwin Kershner, de O Império Contra-Ataca, e Richard Marquand, de O Retorno de Jedi. Estou colocando a maior fé no próximo spin-off, porque afinal será Ron Howard quem vai contar a história de Han Solo e Chewbacca. Enfim, vamos aos Últimos Jedi - o retorno de Luke Skywaker. E, claro, escolhemos, na APCA, os melhores do cinema brasileiro em 2017. O cinema já teve a maior representação entre os integrantes da associação de críticos de São Paulo. Cada vez mais tem sido duro encontrar os três necessários para validar/legitimar as escolhas da categoria. Enfim, conseguimos. Mais um ano, menos um. O melhor filme do ano foi Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano, e o melhor diretor João Moreira Salles, por No Intenso Agora. Vladiumir Brichta foi o melhor atore, por Bingo; Clarice Abujamra, a melhor atriz, por Como Nossos Pais; Gabriel e a Montanha venceu o melhor roteiro (Fellipe Barbosa, Lucas Paraizo e mais um que me esqueço, sorry); Martírio, de Vincent Carelli, venceu como melhor documentário e o prêmio especial do júri, pelo processo de criação, foi para Lili Caffé, por Era o Hotel Cambridge. Pode até parecer uma escolha aleatória, mas foi muito pensada. A arquitetura da premiação. Parabéns aos vencedores. A festa deve ocorrer em março. Voltarei ao assunto.

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