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Uma geléia geral a partir do cinema

Relativizando...

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Não faz o menor sentido eu validar os comentários que me espinafram e, depois, ficar me explicando, como se estivesse em busca de aceitação, mas vejam como é tudo uma questão de leitura. No post sobre Sean Penn jornalista, quando disse que um jornalista 'talvez' (a palavra não está ali por acaso) não tivesse ficado tão fascinado pelo seu personagem - Raul Castro - e quando escrevi que a argumentação de Roger Cohen é tendenciosa era justamente para relativizar as críticas ao ator, no texto do 'The New York Times', e deixar claro que também não acredito em jornalismo isento. Para mim, jornalista isento é jornalista morto. Textos, filmes, já sei que cada um lê ou vê como quer, ou pode. O objetivo do post, de qualquer maneira, era destacar o potencial de Sean Penn na disputa desta noite pelo Globo de Ouro, por sua interpretação em 'Milk', de Gus Van Sant. Sei que tem gente que acha o ex de Madonna o melhor ator do mundo - genial! Eu sou meio com o pé atrás em relação a ele. Não sou louco de achar que não mereceu o OScar por 'Sobre Meninos e Lobos' - não me lembro com quem concorreu nem se eu tinha outro favorito -, mas Penn, quando é ruim, é pior, é péssimo. Aliás, não gosto de 'A Intérprete', filme de um diretor respeitável como Sydney Pollack - e bem-intencionado, ainda por cima -, mas ver dois vencedores do Oscar (Penn e Nicole Kidman) em atuações tão constrangedoras me fez querer entrar num buraco e desaparecer. De volta ao Globo de Ouro, na categoria de melhor filme concorrem juntos 'Batman - Cavaleiro das Trevas' e 'Benjamin Button', não? Amei o filme do Cristopher Nolan e não vi os demais concorrentes, mas, se a disputa fosse só entre os dois, ficaria não, fico com o David Fincher.

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