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Uma geléia geral a partir do cinema

Recife!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Olá! Aqui estou, depois de vários dias sem dar notícias. Estive no Recife, no fim de semana. Fui na quinta à noite, cheguei na madrugada de sexta, voltei ontem de madrugada (domingo para segunda). Acompanhei meus amigos que compõem a trupe de 'Hécuba' e a tragédia de Eurípidis, dirigida por Gabriel Villela, foi apresentada no Teatro Santa Isabel. Nas numerosas vezes em que estive no Cine PE, passei várias vezes pelo prédio, que conheci por dentro somente agora. O Santa Isabel é um teatrão do século 19, como o Municipal de São Paulo, do Rio e o Teatro São Pedro, de Porto Alegre. Lindo! 'Hécuba' está ainda melhor. Entendo que a incorporação de elementos barrocos, japoneses e de candomblé possa desconcertar algumas pessoas, incluindo críticos, mas Gabriel, mineiro, é japonês como o Aleijadinho. (Só de invocar a japonesice incorporada à mineiridade me traz de voltras as imagens da capelinha do Ó, em Sabará, uma das coisas mais belas que já vi no mundo, e olhem que não tenho visto poucas coisa). A música do espetáculo! A cor! A voz de Nábia Vilela! E a Walderez de Barros. Ou eu me engano ou Walderez não  ganhou nenhum prêmio de melhor atriz pelo papel. Ai de mim, exclama a infeliz rainha de Troia, reduzida a escrava, neste vdia terrível que é o da perda de seus dois filhos. Ai dos que a esqueceram, a Walderez! Seria fácil, depois de tanto tempo de representação, cair no piloto automático, mas Walderez se reinventa a cada noite, buscando pausas, inflexões e gestos que renovam o vigor do texto. Ela é a própria tragédia. Nossa trágica... Gostei demais. Recife estava quente, muito quente. Revi amigos, fui ao Marco Zero, à Oficina do Sabor (em Olinda) e ao Shopping Guararapes. Assisti a 'Underworld', que teve a maior abertura de franquia no Brasil, informa a distribuidora. Nada muito especial, nem mesmo na série. E por falar nisso, cheguei agora na redação do 'Estado' e o Bira, meu editor Ubiratan Brasil, me passou um texto que havia imprimido da internet.  Bye-bye, nossos sonhos de que 'John Carter' virasse série. A Disney admitiu ontem que o épico adaptado de 'Uma Princesa de Marte', de Andrew Stanton, vai dar um prejuízo de US$ 200 milhões, o que inviabiliza os planos do diretor Andrew Stanton de fazer, na sequência, 'Os Deuses de Marte'. Merda! Gostei tanto do filme. Pelo visto, sou eu contra o mundo. Não é a primeira vez nem será a última. Vou ver o filme de novo, em 3-D, para ajudar a tadinha da Disney a diminuir seu prejuízo.

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